Associação defende novas medidas para melhorar qualidade de vida de doentes obesos

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 11-10-2017

 A Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos (Adexo) quer novas medidas para melhorar a qualidade de vida, diagnóstico e tratamento da obesidade, frisando que as existentes são insuficientes e que a incidência da doença continua a aumentar.

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Em comunicado enviado à agência Lusa, Carlos Oliveira, presidente da Adexo, afirma que em Portugal o número de pessoas com excesso de peso “chega aos três milhões, das quais 1,5 milhões são obesas e 350.000 são super-obesas, o que faz de Portugal um dos países com maior taxa de obesidade na União Europeia”.

“Apesar de já ser uma doença reconhecida, continua a ser descurada. As medidas implementadas continuam a ser insuficientes para melhorar o acesso à qualidade de vida dos doentes obesos”, acrescenta Carlos Oliveira.

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As propostas da associação incluem o acesso dos doentes obesos e fidelização aos seguros de saúde e seguro para empréstimo de compra de habitação própria, mas também questões relacionadas com o diagnóstico e tratamento da obesidade “como a inclusão da análise de resistência à leptina [hormona libertada pela gordura acumulada] no sistema de análises comparticipadas” ou a comparticipação dos suplementos vitamínicos específicos para doentes sujeitos a cirurgias para redução de peso, entre outras.

No comunicado, divulgado hoje, data em que se comemora o Dia Mundial da Obesidade, a Adexo, criada em 2002, diz que “tem vindo a reunir com as entidades políticas e sociedade civil para falar sobre o impacto que a obesidade tem na sociedade e se conseguirem criar sinergias mais propícias para a resolução do problema”.

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Carlos Oliveira afirma que a associação tem vindo a apresentar propostas para aquilo que considera serem “as principais problemáticas dos doentes obesos” com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com obesidade e o contexto português do diagnóstico e tratamento” da doença, “possibilitando um aumento das opções de tratamento”.

“Portugal foi o primeiro país europeu a reconhecer a obesidade como doença e o único com regulamentação para esta doença. Contudo, a mortalidade está em cerca de 1.500 pessoas por ano no nosso país”, indica o presidente da Adexo.

“Os custos com o tratamento das multipatologias como a diabetes tipo 2, as doenças cardiovasculares, a apneia do sono, entre outras, em conjunto com a mortalidade associada, continuam a aumentar”, avisa.

A Adexo lançou hoje uma nova página na Internet “que tem o objetivo de facilitar a comunicação com a população e os principais interessados no tema da obesidade”.

O novo ‘website’ “tem uma melhor navegabilidade e inclui informação como pesquisas científicas na área da obesidade, trabalhos que estejam a ser desenvolvidos pela associação, fotografias e vídeos”, acrescenta Carlos Oliveira.

 

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