A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu hoje à ministra da Administração Interna que as alterações ao estatuto remuneratório, que inclui suplementos e remunerações, entrem em vigor em 2026.
No âmbito das reuniões que Maria Lúcia Amaral está a realizar desde setembro com os sindicatos da PSP e associações da GNR, a APG saiu do encontro sem qualquer garantia, tendo apenas a ministra assumido o compromisso de entregar até 28 de novembro uma proposta sobre tabelas remuneratórias, carreiras, revisão dos suplementos e higiene e saúde no trabalho.
César Nogueira disse à Lusa que estes pontos foram aqueles que ficaram acordados no acordo assinado em julho de 2024 quando ficou estabelecido o aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026 e apenas estão a ser negociados com os sindicatos da PSP e associações da GNR que subscreveram aquele documento.
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O dirigente defendeu que a principal exigência da APG é a negociação imediata do estatuto remuneratório, documento que já não é revisto na GNR desde 2009.
Segundo César Nogueira, esta revisão deve ser feita no próximo ano e quando entrar em vigor o novo estatuto remuneratório deve ter retroativos a janeiro de 2026.
O presidente da maior associação da GNR indicou que transmitiu esta exigência à ministra, mas ela não avançou com qualquer garantia.
Como exemplo da não revisão do estatuto remuneratório há 16 anos, afirmou que há militares que já perderam entre 150 a 200 euros mensais por não conseguirem progredir mais dentro da carreia que se encontram.
Nesta primeira ronda de reuniões entre a ministra e as estruturas da PSP e GNR, que terminam a 24 de novembro, a maioria dos sindicatos e associações, sobretudo aqueles que não assinaram o acordo com o Governo, têm saído descontentes.
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