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Associação criada hoje em Oliveira do Hospital quer combater interioridade

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A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, hoje constituída em Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, propõe-se combater a interioridade e defender o mundo rural.

luis lagos

A associação, com o empresário Luís Lagos como porta-voz, conta com cerca de 300 associados, entre cidadãos e empresários dos vários concelhos afetados pelos incêndios de 15 de outubro, que, no distrito de Coimbra, causaram 24 mortos.

“Temos de fazer com que uma tragédia destas nunca mais aconteça e o que o Estado assuma as suas responsabilidades, porque o que se passou foi incúria de vários governos”, disse à agência Lusa Luís Lagos.

O presidente da Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal pretende que esta nova entidade “se afirme no palco mediático para dar voz” à defesa da região mais desfavorecida do país.

Segundo o dirigente, a classe política deve agarrar na sua consciência coletiva e perceber que o interior precisa de investimento, de discriminação fiscal positiva, de vias de acesso e que não lhe encerram escolas, centros de saúde e tribunais.

“Porque senão o Estado só está a exercer a soberania numa parte do território”, disse Luís Lagos, considerando que, se nada for feito, o interior vai ser o “deserto português”.

O empresário acrescenta que a “gente do interior tem estado desprotegida e é altura do Estado lhe dar respostas”.

Uma das primeiras iniciativas da nova associação passa pela marcação de uma audiência com o Presidente da República, a quem será apresentado um “caderno reivindicativo para o interior”.

Depois, acrescentou Luís Lagos, está também planeado a realização de um congresso do interior e mundo rural, cuja data não está marcada, de forma a reunir “toda a classe política nacional para fazer um debate profundo sobre um programa que volte a dinamizar esta região”.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, continuando desaparecidas duas pessoas.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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