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Associação Académica de Coimbra vai ficar como nova (por fases)

Notícias de Coimbra | 11 minutos atrás em 16-06-2025

O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, avançou hoje que a requalificação do complexo da Associação Académica de Coimbra será feita por fases, estimando poder arrancar com uma parte da obra no próximo ano e meio.

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“Entre o projeto estar acabado, especialidades, licenciamento, discussão pública, financiamento e execução, acho que é difícil estar totalmente acabado em menos de cinco anos. Mas, espero começar ainda eu como reitor, no próximo ano e meio”, revelou.

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Segundo Amílcar Falcão, no próximo ano e meio deverão começar com “uma parte da recuperação”, que seja “mais rápida e fácil de fazer”.

“Falo, por exemplo, de salas de ensaio. Vamos ver como o conseguimos fazer e como articulamos isso com o que foi apresentado, com o licenciamento e o financiamento”, acrescentou.

O arquiteto Gonçalo Byrne apresentou esta tarde o estudo prévio do projeto de requalificação do complexo da Associação Académica de Coimbra (AAC).

O reitor da Universidade de Coimbra admitiu ter gostado do projeto, que diz “estar bastante interessante”, embora admita que “haverá sempre muitos detalhes que terão de ser discutidos”.

“E é preciso que haja um consenso, porque se querem ter um bar na Associação Académica, ou até mais do que um, tal implica barulho e movimento. Como vai ter salas de estudo, é um bocadinho difícil de compatibilizar, sendo necessário que as coisas sejam bem pensadas e resolvidas, pois este é um projeto que, uma vez realizado e concretizado, tem de durar umas décadas”, apontou.

À margem da apresentação do estudo prévio do projeto, Amílcar Falcão disse ainda à agência Lusa que desconhece o valor necessário para este investimento.

“Envolve a construção de pelo menos um edifício, mas para já não faço ideia nenhuma da ambição em termos financeiros de que estamos a falar. Já gastámos várias centenas de milhares de euros só em obras de manutenção e recuperação de emergência da Associação Académica, portanto, imagino que estamos a falar de muitos milhões de euros”, alegou.

Já o arquiteto Gonçalo Byrne explicou que o estudo prévio do projeto de requalificação do complexo da AAC prevê a refuncionalização de alguns espaços, bem como a sua atualização em termos térmicos, de isolamento acústico e tendo em conta a sustentabilidade.

“Foi pensado para reduzir a carga energética dos instrumentos ativos, de instalações de ar condicionado e iluminação. Por outro lado, para o próprio edifício ser gerador de energia, com recurso a painéis fotovoltaicos, etc., criando um equilíbrio energético mais favorável”, indicou.

Prevê ainda a revalorização e o reforço “do complemento de natureza”, “sobretudo dos espaços interiores do jardim, que são cada vez mais importantes”.

“Esse espaço interior pode criar uma interface importante na relação entre o ensino, a aprendizagem e a própria cidade. Hoje em dia, as universidades cada vez mais criam estas interfaces, que são no fundo espaços de intercâmbio entre a cultura académica e a cultura da cidadania”, justificou.

Também a questão da mobilidade foi tida em conta, com a criação de rampas, acessos e elevadores, especialmente para quem tem “problemas de mobilidade reduzida”.

“A entrada para o edifício também será feita de uma forma mais digna”, informou.

À agência Lusa, o arquiteto disse também que a intervenção terá de ser feita por fases, porque “implica obras em espaços e edifícios que estão em uso intenso”.

“Não é conciliável o uso com as obras. Portanto, quando houver obras, por exemplo, no edifício da Associação Académica, durante um tempo tem de se encontrar um espaço alternativo, onde os serviços possam continuar a funcionar, e depois da obra estar acabada, voltarem em melhores condições para ocupar esses espaços”, sustentou.

Em seu entender, o faseamento da obra irá ocorrer também devido à questão do financiamento, uma vez que se trata de uma intervenção dispendiosa.

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