Coimbra

Assembleia Municipal aprova Orçamento da Câmara de Coimbra para 2022

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 07-02-2022

A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou hoje a proposta de orçamento da Câmara para 2022, no valor de 167,8 milhões de euros, com votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra e abstenção das restantes forças partidárias.

Na mesma reunião, foram também aprovadas as Grandes Opções do Plano (GOP) e orçamento dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) para 2022, num valor global de 26,6 milhões de euros, com 24 votos a favor, das diferentes forças da coligação Juntos Somos Coimbra e do movimento Cidadãos por Coimbra, e abstenção dos restantes partidos representados naquele órgão local.

Durante a Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, eleito pelos Juntos Somos Coimbra, admitiu que o documento hoje aprovado “não é o orçamento ideal”, sendo antes “o orçamento possível, nas circunstâncias possíveis”.

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Respondendo às críticas de que o documento não trazia grandes novidades, José Manuel Silva salientou que o orçamento para 2022 é um instrumento que marca a transição face ao anterior executivo (liderado pelo PS), executando vários projetos e investimentos que vinham do mandato passado.

José Manuel Silva disse que apresentar propostas “sem planeamento prévio” seria “fazer teatro político”, pedindo paciência aos deputados para verificarem mudanças.

“Gostaríamos que fosse muito melhor, mas ficamos felizes porque não nos apontaram um único cêntimo mal gasto ou mal aplicado”, disse o autarca.

“Só no fim é que se sabe” se foi mal gasto ou não, interrompeu o deputado comunista João Pinto Ângelo.

O deputado do PCP criticou o documento por não apresentar grandes mudanças face ao passado, considerando que, mesmo estando num momento de transição, poderia haver propostas “mais arrojadas”.

“Mais do que intenções banais e genéricas, seria exigível a tomada de medidas concretas”, apontou.

Também a bancada socialista criticou a ausência de mudanças prometidas pelo Juntos Somos Coimbra durante a campanha do orçamento.

“Apresenta um documento com um sem fim de crítica diretas e indiretas à anterior gestão, mas apresenta um orçamento que prossegue políticas do anterior executivo”, apontou o deputado do PS Rui Claro, justificando a abstenção socialista por o orçamento dar “continuidade ao anterior mandato”.

A não existência de um ‘Plano Marshall’ para a Baixa de Coimbra ou o facto de não transferir 10% do orçamento total da Câmara de Coimbra para as freguesias foram alguns dos pontos anotados pelos socialistas.

Já o deputado do PSD, Ricardo Lopes, realçou que o executivo “não consegue estalar os dedos” e resolver tudo, quando está em exercício “há três meses”.

Na intervenção do Cidadãos por Coimbra, Graça Simões considerou que o documento não apresenta estratégia alguma, antes “bandeiras retóricas e presas a um confronto ressabiado com o passado que não permite vislumbrar um futuro”.

Apesar de reconhecer que é um orçamento de transição, a deputada notou que teria sido possível acolher as propostas do movimento, apresentadas em dezembro, que implicavam “pouco investimento”, como era o caso da concretização do Centro Cultural da Relvinha ou a resolução da “ferida ambiental” entre o Rebolim e a Quinta da Portela, entre outras.

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