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ASAE desmistifica o seu trabalho na EXPOFACIC

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 05-08-2025

O Dia do Empresário na EXPOFACIC arrancou com um momento marcante de proximidade entre os consumidores e uma das entidades mais discretamente presentes na vida de todos: a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

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O estúdio do Notícias de Coimbra recebeu Luís Lourenço, Inspetor-Geral da ASAE, para uma conversa esclarecedora sobre o papel fundamental da instituição.

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Comemorando já dez anos de participação na feira, a ASAE marca presença com um stand onde exibe produtos apreendidos – de vestuário contrafeito a bens alimentares impróprios – mas, sobretudo, com um forte enfoque em ações de prevenção e esclarecimento público.

“A fase que o público conhece é a da fiscalização, das apreensões. Mas a nossa missão vai muito além disso. Trabalhamos diariamente na prevenção e na capacitação dos operadores económicos”, sublinhou Luís Lourenço. Esta abordagem permite, segundo o dirigente, um “tecido empresarial mais coeso e conhecedor”, o que resulta numa maior confiança por parte dos consumidores.

Durante a entrevista, o Inspetor-Geral elencou as quatro grandes áreas de atuação da ASAE: Segurança alimentar, Fiscalização da área económica, Segurança dos produtos e Prevenção do branqueamento de capitais no setor não financeiro.

    “Temos de garantir que o vinho, o azeite, a roupa, ou até os brinquedos estejam em conformidade. Há riscos reais para a saúde pública, e é para isso que cá estamos”, referiu Luís Lourenço.

    Um dos temas mais pertinentes abordados foi o comércio digital e os riscos associados. “É um desafio. Sobretudo porque muitos operadores não estão sequer sediados em Portugal. Requer investigação e cooperação internacional”, explicou.

    A ASAE, segundo o Inspetor-Geral, tem acompanhado com preocupação o aumento das queixas associadas a compras online. Em 2024, a entidade recebeu mais de 212 mil reclamações e denúncias, reflexo de um consumidor mais exigente e consciente.

    Questionado sobre os produtos mais frequentemente apreendidos, Luís Lourenço identificou o vestuário, calçado, perfumes e, mais recentemente, produtos utilizados em tratamentos estéticos ilegais.

    “Estamos a falar de situações graves. Pessoas que se automedicam com produtos adquiridos online, ou que recorrem a tratamentos feitos por quem não está habilitado. Já encontrámos botox contrafeito, por exemplo. Isso tem de parar”, alertou, frisando a cooperação estreita com o Infarmed e outras entidades de saúde.

    Um dos momentos mais inspiradores da conversa surgiu quando o tema foi a responsabilidade social da ASAE. Produtos apreendidos, desde que considerados seguros, são doados a instituições. “Os tribunais e as marcas têm sido fundamentais neste processo. Não se trata apenas de evitar custos de destruição. É dar uma nova vida aos produtos e ajudar quem mais precisa.”

    Lourenço partilhou ainda exemplos de instituições que usam essas peças em atividades criativas com idosos, bordando por cima das marcas, transformando peças contrafeitas em obras únicas com valor social.

    Até ao próximo dia 10 de agosto, quem visitar a EXPOFACIC poderá passar pelo stand da ASAE para esclarecer dúvidas. “Tudo menos apresentar reclamações!, brincou o inspetor, completando: “Mas até isso podemos ajudar a explicar como se faz. O importante é informar o consumidor, para que tenha ferramentas para tomar decisões seguras.”

    A terminar a entrevista, o responsável deixou uma nota de reconhecimento ao trabalho dos seus inspetores: “É graças ao seu trabalho diário que estamos aqui, alimentados e vestidos com segurança. A ASAE trabalha para todos, mesmo quando ninguém vê.”

    No final, a “inspeção” simbólica ao estúdio do Notícias de Coimbra foi aprovada: “Fiscalizaria a simpatia, e por isso estaremos todos aprovados.”

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