Ana Anes, filha de José Manuel Anes, principal suspeita da tentativa de homicídio contra o pai, terá confessado o crime publicamente nas suas contas de Instagram e Facebook, ao longo da tarde de segunda-feira, 20 de outubro.
Nas publicações, a mulher, que se identifica como Ana Rawson, escreve: “Acho que deixei o meu pai sem olhos. Mas devem ouvir dizer que morreu pacificamente. A Mossad sabe limpar cenas.”

Nas publicações seguintes, Ana faz referências a teorias da conspiração, incluindo a Mossad, agência de inteligência de Israel, e o acidente de Camarate, acusando o pai de estar envolvido na bomba que matou o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro. Em alguns partes, ameaça ainda “visitar o idiota do João Anes” e descreve cenas de violência contra o pai.
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O ataque ocorreu na casa do antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade e Terrorismo (OSCOT), em Lisboa, na segunda-feira, por volta das 14:50. José Manuel Anes, de 81 anos, deu entrada no Hospital de São José em estado grave, com ferimentos no abdómen, mãos e pernas, além de hematomas nos olhos. Apesar da gravidade, encontra-se fora de perigo, segundo informações avançadas pelo Expresso.
Ana Anes foi detida pela Polícia Judiciária.
José Manuel Anes é professor universitário e um dos mais importantes criminalistas portugueses. Licenciado em Química e doutorado em Antropologia Social, é membro de diversos organismos ligados à segurança e criminalidade, além de ter sido grão-mestre da Grande Loja Regular de Portugal. Fundador do OSCOT em 2006, mantém uma carreira de destaque no estudo da criminalidade e do terrorismo.

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