Economia

Arroz mais caro? Veja o que está a aumentar no seu carrinho de compras

Notícias de Coimbra | 11 horas atrás em 09-10-2025

O arroz carolino e o arroz agulha lideraram os aumentos de preços na última semana, com subidas de 8% e 5%, respetivamente, segundo a mais recente análise da DECO PROteste. Entre 1 e 8 de outubro, o arroz carolino passou a custar 1,56 euros por quilo (mais 12 cêntimos), enquanto o arroz agulha subiu para 1,69 euros (mais 8 cêntimos).

Estes aumentos contribuíram para o ligeiro agravamento do custo do cabaz alimentar essencial, monitorizado pela DECO PROteste, que agora custa 242,14 euros, mais 17 cêntimos do que na semana anterior. Embora o valor pareça estável, o cabaz já está 5,98 euros mais caro do que no início de 2025 e 54,44 euros acima do valor registado a 5 de janeiro de 2022, quando começou a ser monitorizado.

Além do arroz, os produtos que mais subiram na última semana incluem os cereais integrais (mais 24%), a alface frisada (mais 18%) e a cebola (mais 10%). Já desde o início do ano, os maiores aumentos verificaram-se nos brócolos (mais 40%), café torrado moído (mais 39%) e laranja (mais 28%).

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No panorama dos últimos três anos, destacam-se subidas históricas: a carne de novilho para cozer aumentou 105%, os ovos 78% e o café torrado moído 77%.

As causas para esta escalada de preços remontam a 2022, com o impacto da guerra na Ucrânia sobre a produção de cereais e os custos energéticos, agravando as dificuldades já sentidas após a pandemia e períodos prolongados de seca. A escassez de matérias-primas e o aumento do custo de produção afetaram em cadeia os preços ao consumidor.

Em resposta, o Governo implementou em abril de 2023 uma medida de isenção de IVA sobre um cabaz de mais de 40 alimentos. Apesar do efeito inicial positivo, o impacto revelou-se temporário. Com a reposição do IVA e a persistência de pressões inflacionistas, os preços voltaram a subir.

Exemplo disso foi o valor do azeite, que em abril de 2024 atingiu os 12 euros por uma garrafa de 75 cl. Já em 2025, continuam a destacar-se as subidas nos preços de bens como ovos, chocolate ou café.

Apesar das pressões no setor alimentar, os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para um abrandamento da taxa de inflação. Em setembro, esta situou-se nos 2,4%, menos 0,4 pontos percentuais do que em agosto. Ainda assim, permanece acima da média dos últimos anos, com valores acumulados elevados desde 2022.

A DECO PROteste recomenda aos consumidores que utilizem o seu simulador Saber Poupar, disponível em www.saberpoupar.pt, onde é possível comparar preços dos supermercados por distrito ou concelho, consultar o índice diário de cada cadeia de distribuição e selecionar os produtos que fazem parte do cabaz alimentar semanal.

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