Começou a empreitada de alimentação artificial de praia entre a Cova-Gala e a Costa de Lavos, no concelho da Figueira da Foz, um investimento superior a 21 milhões de euros que visa travar a erosão costeira e reforçar a resiliência do território às alterações climáticas.
A intervenção implicará a suspensão progressiva do uso de algumas zonas balneares, sempre a sul das praias mais frequentadas, como a Praia do Hospital e a Praia da Cova-Gala Norte.
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A obra, que resulta de um contrato celebrado entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o consórcio Rohde Nielsen A/S – Construções Pragosa, S.A., foi consignada a 30 de junho e terá um prazo de execução de 120 dias. Durante este período, será realizada a dragagem de 3,3 milhões de metros cúbicos de areia a norte do molhe do porto da Figueira da Foz, para posterior deposição ao longo de cerca de 1.625 metros de costa, entre os esporões 3 e 5 da Cova-Gala.
Segundo a APA, o objetivo é “estabilizar a linha de costa, reconstruir e reforçar os perfis de praia emersa e submersa, proteger ecossistemas sensíveis, salvaguardar infraestruturas e minimizar riscos associados às alterações climáticas”.
Com o avanço dos trabalhos, determinadas áreas balneares serão interditas ao público. A Praia da Cova (UB05 e UB06) está interditada até 24 de julho, enquanto o UB07 estará inacessível até 10 de agosto. Já a praia natural a sul da Cova-Gala ficará interditada de 11 de agosto a 21 de setembro, sempre por razões de segurança.
A deposição submersa da areia será feita a cerca de 800 metros da linha de costa, em profundidades entre os -4 e os -9 metros de altura zero hidrográfica (ZH), e o reforço incluirá também a duna e a plataforma de praia a sul do esporão 5.
Financiada pelo PACS – Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e por verbas nacionais, esta intervenção envolve a APA, a Câmara Municipal da Figueira da Foz e ainda a Administração do Porto da Figueira da Foz, que contribuirá com 3,65 milhões de euros, montante equivalente à poupança esperada em dragagens nos próximos dez anos.
O projeto foi alvo de um Estudo de Impacto Ambiental e de uma Declaração de Impacte Ambiental favorável, estando igualmente suportado por uma Análise Custo-Benefício com resultado positivo.
Esta obra representa um dos maiores investimentos na proteção da faixa costeira a sul da Figueira da Foz nos últimos anos, com impacto direto na segurança das populações, na preservação ambiental e na economia local, num contexto de crescente vulnerabilidade devido ao avanço do mar e às alterações climáticas.
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