Ardeu 81% da floresta de Pedrógao Grande!

A área de floresta ardida em Pedrógão Grande na sequência do incêndio que começou naquele concelho em 17 de junho é de 81%, revela o relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro.
De acordo com o documento, a área ardida em Figueiró dos Vinhos e em Castanheira de Pera, também no distrito de Leiria, é de 66% e 56%, respetivamente.
Neste incêndio, que só foi dado com extinto uma semana depois, morreram 64 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.
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O relatório da CCDR do Centro diz ainda que, “para além da área florestal ardida com menor impacto, os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande verificaram igualmente uma área agrícola ardida com significado (25% em média, sendo de 40% no concelho de Pedrógão Grande)”.
O documento da CCDR, que aborda também outros incêndios que deflagraram na mesma altura na Região Centro, diz que os concelhos de Alvaiázere e de Ansião foram menos afetados, com área florestal ardida de três e um por cento, respetivamente.
“Nos restantes concelhos [Sertã, Penela, Pampilhosa da Serra e Góis), embora em termos absolutos a floresta ardida corresponda a valores significativos, representa, no entanto, uma percentagem menor da respetiva área de floresta”, isto relativamente a Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
Segundo os dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta, a área nos incêndios que começaram em Góis e Pedrógão Grande, a 17 de junho, é de 45.979 hectares.
Os prejuízos diretos dos incêndios que começaram na região Centro no dia 17 de junho, nomeadamente em Pedrógão Grande e Góis, ascendem a 193 milhões, estimando-se em 303 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
Estes são os dados que constam do relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e hoje apresentado em Figueiró dos Vinhos às sete Câmaras que foram afetadas pelos incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra e Góis.
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos apenas uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.
Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, tinha dito à agência Lusa, a 24 de junho, que o fundo de solidariedade da Comissão Europeia poderia ser acionado caso os prejuízos atingissem perto de 500 milhões de euros, como agora se verifica.
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