Coimbra

APPACDM de Coimbra sensibiliza comunidade escolar para os direitos humanos

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 12-12-2023

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra vai sensibilizar a comunidade escolar para os direitos humanos, particularmente das pessoas com deficiência, no âmbito de um projeto da instituição.

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Foram desenvolvidos “materiais que apelam e realçam os direitos humanos das pessoas em geral, particularmente pessoas com deficiência, e esses materiais vão agora ser difundidos e trabalhados principalmente nas escolas”, disse hoje à agência Lusa, a presidente da APPACDM Coimbra, Helena Albuquerque, à margem da tertúlia sobre Direitos Humanos.

O projeto consistiu na formação de 29 homens e 21 mulheres, clientes da APPACDM de Coimbra, sobre a defesa dos direitos humanos e desenvolvimento da empatia no relacionamento humano.

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Após esta fase, o grupo foi ouvir pessoas sem deficiência intelectual, portugueses e migrantes, sobre as violações que sofreram dos seus direitos.

Deste trabalho resultou uma campanha nas redes sociais, intitulada “Todos nós, Uma voz”, que consistiu na verbalização, por estes 50 utentes, de testemunhos reais de pessoas sem deficiência intelectual.

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Com recurso a vinte imagens ou vídeos, elementos deste grupo da APPACDM Coimbra surgiram, caracterizados, a dar voz às vítimas de abusos de direitos humanos.

Segundo a presidente da APPACDM Coimbra, o próximo passo do projeto é sensibilizar para esta temática junto das crianças, dos pais, assistentes operacionais e professores, em quatro concelhos – Cantanhede, Coimbra, Arganil e Montemor-o-Velho -, devendo envolver um total de cerca de 500 pessoas.

“São muito importantes estas campanhas nas escolas, porque é o futuro. Estas crianças crescem e vão ser o futuro um dia. Tudo o que elas aprenderem nesta fase, se calhar vão poder pôr em prática um dia”, frisou.

Helena Albuquerque deu ainda nota de que, em Portugal a escolaridade obrigatória vai dos 6 aos 18 anos e, muitas vezes, “as crianças não são tratadas dignamente, ou seja, não têm condições para aprender como as outras, de uma forma digna e consistente”.

“O grande problema é que nem os colegas estão preparados para incluir essa criança e, às vezes, a comunidade educativa não está preparada para dar todas as condições que essa criança precisa para aprender consistentemente”, daí a importância destas sessões concluiu.

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