Região
Após mais de uma década, Câmara de Miranda do Corvo cumpre promessa e pavimenta acesso ao Templo Ecuménico

Na passada sexta-feira, último dia útil antes das eleições autárquicas, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Miguel Batista, formalizou a consignação da empreitada de pavimentação da estrada de acesso ao Templo Ecuménico Universalista, cumprindo assim um compromisso antigo da autarquia para com a Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.
A decisão encerra um processo iniciado há mais de uma década. A 11 de setembro de 2015, a Fundação ADFP lançou a primeira pedra do Templo Ecuménico Universalista, no concelho de Miranda do Corvo, confiando na garantia da Câmara Municipal de que seriam asseguradas a pavimentação do acesso e a instalação da rede elétrica. No entanto, ao longo dos anos, a concretização dessa promessa foi sucessivamente adiada.
Durante este período, a Fundação enfrentou obstáculos e perseguições administrativas, incluindo ações de fiscalização intensivas por parte de organismos governamentais e do Ministério Público, bem como uma acusação de crime urbanístico pela remoção de eucaliptos numa área legalmente destinada à proteção da construção.
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Face a este historial, a Fundação ADFP aplaude a decisão de Miguel Batista, considerando que o autarca “deixa o cargo honrando a palavra dada”. O cumprimento deste compromisso representa, segundo a instituição, “um gesto de coerência, justiça e respeito institucional” e permitirá, finalmente, melhorar o acesso e as condições de visita ao Templo Ecuménico Universalista, um espaço de espiritualidade, cultura e diálogo inter-religioso reconhecido a nível nacional e internacional.
“A decisão do presidente Miguel Batista é um sinal de integridade e respeito pelo compromisso assumido. Depois de anos de dificuldades e injustiças, este gesto devolve dignidade e esperança a um projeto que sempre procurou servir o bem comum”.
Inaugurado em 2016, o Templo Ecuménico Universalista é um monumento dedicado à tolerância e ao respeito pelo outro, que homenageia todas as vítimas dos fundamentalismos religiosos ao longo dos séculos.
Tem como objetivo promover a liberdade de crer ou não crer, não esquecendo os crimes cometidos em nome do Ateísmo.
Concebido como um monumento à convivência e ao diálogo universal, integra iniciativas culturais, educativas e espirituais abertas à comunidade.
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