A Comissão Nacional do PS vai debater domingo, 19 de outubro, a proposta conjunta do secretário-geral e do presidente do partido para apoiar António José Seguro nas próximas eleições presidenciais, estando também na agenda a análise dos resultados das autárquicas.
A reunião do órgão máximo do PS entre congressos está marcada para as 15:00, em Penafiel, distrito do Porto – onde vão decorrer as jornadas parlamentares do partido na segunda e terça-feira – e a intervenção inicial do líder socialista, José Luís Carneiro, será aberta à comunicação social.
O ponto único da ordem de trabalhos é a análise da situação política, em concreto, o balanço das eleições autárquicas de domingo e as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.
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Esta semana, a agência Lusa noticiou que José Luís Carneiro e Carlos César vão apresentar a esta Comissão Nacional uma proposta para que o PS apoie o ex-secretário-geral socialista António José Seguro na corrida a Belém para a sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.
Na reunião de hoje, os dirigentes do PS vão assim discutir esta proposta e assumir uma posição do partido quanto a estas eleições.
Na quinta-feira, Seguro disse que tomou “boa nota” desta proposta de apoio do PS, mas reiterou que tem uma “candidatura aberta” porque o Presidente da República deve estar “acima dos partidos”.
“Tomo boa nota dessa notícia, mas não quero nem devo interferir na vida interna dos partidos políticos em Portugal. A minha candidatura foi apresentada há quatro meses, tem vindo a granjear cada vez mais apoios, à esquerda, à direita, ao centro, de pessoas que não têm qualquer filiação partidária, e é aí que vou continuar”, respondeu.
Da agenda da reunião da Comissão Nacional faz ainda parte a análise dos resultados do PS nas eleições autárquicas do passado domingo, nas quais o partido deixou de ser a principal força política local, perdeu a liderança da ANMP e falhou as presidências de Câmara de Lisboa e do Porto.
Carneiro conseguiu travar a erosão eleitoral do PS depois da hecatombe nas legislativas e cumpriu a meta de aumentar o número de capitais de distrito, tendo algumas das principais vitórias sido precisamente a conquista de Évora, Faro, Coimbra, Bragança e Viseu.
O PS ficou com a presidência de 128 câmaras, duas delas em coligação, quando em 2021 tinha 149 câmaras, uma delas em coligação.
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