Saúde

Apneia do sono: o inimigo noturno que põe a saúde (e a condução) em risco

Notícias de Coimbra | 12 minutos atrás em 23-07-2025

A apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma perturbação respiratória grave que afeta entre 9% e 24% da população adulta. Em Portugal, estima-se que cerca de um milhão de pessoas sofram desta condição, muitas vezes sem diagnóstico, o que agrava os riscos para a saúde e para a segurança pública.

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O ressonar persistente é muitas vezes o primeiro sinal de alerta, embora seja frequentemente desvalorizado, pode esconder um problema mais sério. Cerca de 80% das pessoas que ressonam sofrem de apneia do sono, uma condição que provoca a interrupção da respiração durante mais de 10 segundos enquanto se dorme, e que ocorre pelo menos cinco vezes por hora.

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Para além do impacto no sono, os doentes revelam cansaço extremo durante o dia, sonolência ao volante, dores de cabeça matinais, irritabilidade, alterações de humor e, em casos graves, défices de memória, raciocínio e até impotência sexual. Esta patologia está ainda associada a problemas cardiovasculares como hipertensão, arritmias, enfarte agudo do miocárdio e desequilíbrios hormonais.

O risco é ainda maior entre homens com mais de 40 anos, mulheres após a menopausa e crianças, embora nestas últimas a prevalência seja inferior (cerca de 2%), refere a CUF.

O diagnóstico é feito através de uma avaliação médica especializada, com exames como a polissonografia noturna, que permite monitorizar os parâmetros do sono. O tratamento inclui desde a modificação de hábitos de vida, como a perda de peso, evitar álcool à noite e deixar de fumar, até ao uso de dispositivos de pressão positiva contínua (CPAP), que ajudam a manter as vias respiratórias abertas durante o sono. Em certos casos, pode ser necessária cirurgia para corrigir anomalias nasais, do palato, língua ou estruturas craniofaciais.

A apneia do sono é responsável por mais de 100 mil acidentes de viação por ano, devido à sonolência excessiva diurna. A deteção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos doentes e reduzir os riscos para a saúde pública.

As autoridades de saúde recomendam que qualquer pessoa com ressonar intenso, cansaço anormal ou sonolência durante o dia procure avaliação médica especializada.

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