O candidato presidencial António José Seguro defendeu hoje que Portugal tem de ter “governos de projeto e não governos de turno” e indicou que quer ajudar a resolver os problemas do país e está “focado nas soluções”.
“Eu sou candidato a Presidente da República, não faço comentários sobre a atualidade. Aquilo que é fundamental é que o país tenha governos de projeto e não governos de turno”, afirmou.
António José Seguro tinha sido questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que no sábado aumentou os objetivos salariais para o país, falando agora em 1.600 euros de salário mínimo e 3.000 euros de médio, um dia após mencionar valores inferiores.
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O candidato apoiado pelo PS defendeu que é preciso “passar da gestão da conjuntura para opções estratégicas”, por forma a resolver “os problemas sérios” que o país atravessa.
“Nós precisamos de ter uma economia mais competitiva, nós precisamos de fazer face ao envelhecimento da nossa população, nós precisamos de acabar com esta indignidade que é a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Há muitas urgências e eu venho para ajudar a resolver os problemas dos portugueses, focado nas soluções”, salientou.
Na ocasião, Seguro foi também questionado sobre o debate de sábado, que o opôs a Catarina Martins, e no qual a candidata apoiada pelo BE tentou associar-se a Mário Soares e Jorge Sampaio, figuras do PS.
O candidato e antigo secretário-geral socialista não comentou diretamente e aproveitou para convidar “todos os democratas, os progressistas, os humanistas a juntarem-se à [sua] candidatura” para conseguir mudar “aquilo que é necessário mudar em Portugal”.
“Há muita coisa mal no nosso país, há muitos portugueses que passam dificuldades para ter um médico de família, para terem uma intervenção cirúrgica, muitos jovens têm dificuldades para terem um emprego digno, para poderem aceder à habitação, e há muita gente que não consegue fazer face ao elevado custo de vida. É por isso que eu me candidato, não é para ficar tudo na mesma, é para ajudar a mudar o nosso país para melhor”, referiu.
António José Seguro falava aos jornalistas à chegada à sessão evocativa “Mário Soares – as palavras e as imagens”, em Lisboa, que assinalou o dia em que o fundador do PS, que foi Presidente da República e primeiro-ministro, faria 101 anos.
Sobre Mário Soares, o candidato a Presidente da República defendeu que o fundador do PS é “uma das figuras mais importantes da vida democrática”.
António José Seguro disse também que marcou presença nesta iniciativa porque foi convidado e porque se quis “associar a uma justa homenagem a Mário Soares, que hoje faria 101 anos, e recordar o papel fundamental que ele teve na luta pela liberdade em Portugal, pela consolidação da democracia e pela integração de Portugal na União Europeia”.
O candidato a Belém falou durante poucos minutos aos jornalistas e recusou-se a responder a mais perguntas.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.
Às eleições presidenciais anunciaram, entre outros, as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD e do CDS-PP).
Segundo o portal da candidatura, do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.
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