Política

António Costa diz que novas gerações precisam reinventar relações com países de língua portuguesa  

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-03-2022

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje, em Cabo Verde, que as novas gerações têm de “saber reinventar” as relações com os países de língua oficial portuguesa, para impedir que sejam apenas história.

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“Temos aqui um enorme legado que temos a responsabilidade de transmitir às novas gerações e ajudá-las a reinventar essa relação. Nós soubemos reinventar as relações do passado, vão saber reinventar a relação do presente, mas para isso temos todos que nos empenhar”, afirmou esta tarde António Costa, durante um encontro com a comunidade portuguesa na Praia, no início do primeiro de dois dias de visita a Cabo Verde.

Para o chefe do Governo português, esse futuro só pode ser construído através das relação pessoais entre os povos de língua portuguesa: “Essa relação pessoal é a relação que cada uma de vocês e cada um de vocês estabelece aqui, no dia a dia, a vossa vida em Cabo Verde, e que os cabo-verdianos estabelecem no dia a dia em Portugal e que fazem de facto a diferença”.

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“A diferença não está só na língua, porque o inglês também se aprende, o francês também se aprende. Há coisas que não se aprendem, ou se sentem ou não se sentem. Ou se transmitem ou não se transmitem”, acrescentou.

Os Governos de Portugal e de Cabo Verde assinam na segunda-feira, na Praia, no final da VI Cimeira entre os dois países, um Programa Estratégico de Cooperação 2022-2026, que vai envolver cerca de 95 milhões de euros.

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Este programa será assinado no segundo e último dia de visita do primeiro-ministro, António Costa, a Cabo Verde, que durante a manhã visita a Escola Portuguesa, na Praia, projetando o lançamento da sua terceira fase.

“É uma obra muito importante não só para quem está hoje na Escola Portuguesa, mas como para quem no futuro vai continuar a estar na Escola Portuguesa. E acho que essa é uma realidade e uma consciência que as nossas gerações têm que ter, é que somos porventura a última geração onde esta relação que temos com os outros países que têm como língua oficial o português, tem isso por natural”, reconheceu.

“As novas gerações, a geração dos meus filhos, já não têm isso como natural e, portanto, é um esforço acrescido que a nossa geração tem que fazer para garantir que esta relação não foi uma relação que tem só história, mas é uma relação sobretudo que se alimenta hoje, no presente, do futuro que tem que saber construir”, concluiu.

A Escola Portuguesa de Cabo Verde é suportada pelo Orçamento do Estado português e funciona no âmbito de um acordo bilateral de cooperação com Cabo Verde, sendo frequentada por quase 900 alunos portugueses e cabo-verdianos, além de outras nacionalidades.

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