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Anonymous atacam Trump e divulgam dados secretos. “Perdeste outra vez, Donnie”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 8 horas atrás em 07-05-2025

Os Anonymous, o conhecido coletivo internacional de hackers ativistas, deram início a uma ofensiva cibernética contra a administração de Donald Trump, focando-se nas polémicas deportações de imigrantes venezuelanos para prisões em El Salvador.

O ataque, considerado o primeiro de uma série, visou a companhia aérea GlobalX, contratada pelo Governo norte-americano para realizar estes voos.

Durante várias horas, o site da empresa foi invadido e exibiu uma mensagem crítica dirigida diretamente ao ex-presidente dos EUA: “Os Anonymous decidiram executar a ordem do juiz, uma vez que tu e a tua equipa bajuladora ignoram ordens legais que vão contra os teus planos fascistas. Perdeste outra vez, Donnie”. A publicação acabou por ser removida, mas os danos já estavam feitos.

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Para além da violação do website, o grupo anunciou ter em sua posse dados sensíveis, incluindo listas de passageiros e planos de voo entre janeiro e maio, confirmados como autênticos pela plataforma 404Media. Os ficheiros revelam detalhes dos voos utilizados para transportar imigrantes venezuelanos — alegadamente com ligações ao crime — para centros prisionais em território salvadorenho, pode ler-se no pplware.

A decisão de deportar venezuelanos tem gerado grande controvérsia nos Estados Unidos, sobretudo porque contraria uma decisão judicial. Um juiz federal considerou ilegal o recurso à Alien Enemies Act (Lei dos Inimigos Estrangeiros), uma legislação datada de 1798, usada por Trump para justificar a operação. Segundo o juiz, a lei não se aplica a indivíduos ou gangues, mas sim a ações hostis de Estados estrangeiros.

Apesar do parecer do tribunal, as deportações continuam, com a GlobalX a assegurar 75% dos voos envolvidos — um contrato que lhe rende 65 milhões de dólares anuais em fundos públicos.

O ataque informático marca o início de uma campanha que os Anonymous prometem levar adiante contra o que classificam como práticas autoritárias e ilegais da nova administração Trump. O grupo afirma que não ficará impassível perante decisões que considera contrárias aos direitos humanos e ao Estado de direito.

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