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André Ventura defende que PSD e Chega devem dar uma “solução” aos portugueses

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 28-11-2021

O líder do Chega defendeu hoje que, depois das eleições legislativas, o seu partido e o PSD devem pôr de lado os respetivos egos e “dar aos portugueses uma solução” governativa.

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“Penso que, quer eu, quer Rui Rio, (…) os dois nos devemos a este compromisso: a lealdade institucional e também dar aos portugueses uma solução para que, depois de dia 30 [de janeiro], o país não fique sem solução. Portanto, os nossos egos são importantes, mas não são aquilo de que o país precisa”, afirmou André Ventura aos jornalistas à entrada para o pavilhão onde decorre o IV Congresso do Chega.

Segundo o líder do Chega, com a vitória de sábado de Rui Rio nas eleições diretas do PSD, as “cartas estão em cima da mesa” e “nada vai mudar até 30 de janeiro”, em referência ao facto de o líder social-democrata ter anunciado que iria abdicar de formar Governo caso isso dependesse do partido de André Ventura.

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“Agora, os eleitores do PSD tradicionais, que votaram na Aliança Democrática nos anos de 1980, em Pedro Passos Coelho, em Durão Barroso, têm que se perguntar se preferem governar com o PS ou se preferem governar à direita”, indicou.

Ventura sustentou que as próximas legislativas vão ser a “prova viva de como é que está o eleitorado em Portugal”, considerando que, “se há uma parte de eleitores de direita que prefere votar à esquerda, Rui Rio terá uma votação tendencialmente perto de maiorias, se a maior parte dos eleitores preferir uma direita que não tenha medo de dizer que é de direita, então o Chega ultrapassará os 10% e caminhará provavelmente para os 15%”.

“No dia 30 os portugueses vão-se perguntar: muito bem, há 10% ou 15% [para o Chega] e depois há 20% e tal ou 30% [para o PSD], qual é a solução? Se Rui Rio preferir dizer, ‘mesmo assim a solução é governar com o PS’, pois nós continuamos na oposição e continuaremos com gosto e garra a fazer o nosso trabalho”, salientou.

André Ventura disse ainda que, hoje de manhã, o Presidente da República lhe ligou para felicitá-lo pela reeleição para a presidência do Chega – Ventura ganhou as eleições diretas a 06 de novembro, mas tomou posse esta sexta-feira –, o que, segundo o líder partido, “mostra um quadro institucional de cooperação”.

“Prometi [ao Presidente] colaboração institucional e também a estabilidade e a tranquilidade para que, depois das eleições, possamos arranjar soluções. (…) Deixei claro, expressamente, ao Presidente que a ideia era, depois das eleições de dia 30 de janeiro, estar do lado da solução e não do problema”, frisou.

O IV congresso do Chega decorre desde sexta-feira na Expocenter, em Viseu, e deverá terminar na tarde de hoje com a apresentação dos resultados das listas para os órgãos nacionais e o discurso de encerramento de André Ventura.

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