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André Ventura considera “populismo laranja” as medidas da Aliança Democrática

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 17-01-2024

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que as propostas da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM) são “populismo laranja” e não constituem uma “solução à direita”.

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“Torna-se evidente que propostas apresentadas ontem pela chamada Aliança Democrática [AD] não são solução à direita e, por isso, o Chega empenhou-se em criar uma verdadeira alternativa nesta matéria”, afirmou.

Em conferência de imprensa na sede do Chega, em Lisboa, André Ventura disse que, “a contrário da AD”, o seu partido “comprometeu-se com números, metas e objetivos”.

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“O que ouvimos ontem por Luís Montenegro foi que a alternativa ao PS é a mesma e velha alternativa de sempre, um eventual baixar de impostos, não criar nenhum imposto e dizer que vai fazer simplesmente que vai gerir melhor. Uma espécie de populismo laranja, sem quaisquer consequências e sem assinalar números ou metas”, criticou.

Ventura acusou a AD de apresentar “a mesma receita de sempre, que não tem metas, nem números” e de repetir “as propostas do Chega até à exaustão”, contrapondo que o Chega “traz metas e responsabiliza-se por essas metas”.

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O presidente do Chega considerou que Aliança Democrática (coligação pré-eleitoral que junta PSD/CDS-PP e PPM) é “ressequida e velha”, com “soluções acabadas e sem qualquer ideia” original.

André Ventura afirmou que o partido está disponível, na sequência das eleições de 10 de março, para uma “plataforma de convergência, de negociação escrita para apresentar ao Presidente da República” com o objetivo de viabilizar um governo, mas reiterou que não abdica que o Chega integre esse executivo.

O líder apontou também que o Chega “nunca se aliará ao PS”, nomeadamente no que toca a uma moção de rejeição de um governo PSD, e questionou Luís Montenegro “se o PSD se vai unir ao PS para formar Governo e impedir o Chega” de o fazer.

André Ventura explicou ainda que a medida de equiparar, até 2030, as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional seria suportada pela aplicação de uma taxa de 40%, durante quatro anos, sobre os lucros da banca e das gasolineiras.

O presidente do Chega sustentou que esta medida teria um custo “entre 6,5 e 7 mil milhões de euros”, apontando que representa “7% da despesa total do Orçamento do Estado” para este ano.

“É perfeitamente possível que em seis anos a despesa aumente 7%”, disse, apontando querer também diminuir em 15% as perdas do Estado com a corrupção e a economia paralela e que seria possível fazê-lo através de uma “flexibilização do congelamento de ativos produto da corrupção”, além de cortar no desperdício.

O líder do Chega afirmou que nos primeiros três anos as pensões teriam não poderiam ser mais baixas do que o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), o que “custaria 1,6 mil milhões de euros”.

Ventura indicou que a apresentação de uma moção de rejeição não é o seu “objetivo principal”, mas admitiu poder fazê-lo se o governo for “muito mau e não combater a corrupção devidamente, e outros fenómenos”.

Nesta conferência de imprensa, André Ventura fez também questão de negar que o Chega “esteja por detrás das manifestações de forças de segurança” ou que o partido financie estes protestos.

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