O Município de Mortágua promove, durante o mês de Setembro, várias atividades relacionadas com a 3ª Invasão Napoleónica de 1810, destacando em particular a importância geoestratégica que Mortágua desempenhou no contexto da chamada “Batalha do Bussaco”. Esse conjunto de atividades desenvolve-se sob o mote: “Mortágua nos caminhos da Batalha do Bussaco”.
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Assim, no dia 24 realiza-se um Colóquio subordinado ao tema: “A 3ª Invasão: Mortágua, uma Encruzilhada na Batalha do Bussaco”, que contará com três intervenções. O Coronel Luís Albuquerque irá debruçar-se sobre ”A Invasão de Massena”; o Tenente-Coronel Pedro Marquês de Sousa sobre “A Música Militar, da Função Operacional à Artística” e a Professora Doutora Maria Alegria Marques sobre “Memórias da Guerra no Concelho de Mortágua, 1810”. O Colóquio terá início às 9h30, no Centro de Animação Cultural.
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No mesmo dia 24 realiza-se ainda um Passeio Noturno Encenado, em que haverá a representação de vários quadros cénicos ao longo do percurso, seguindo-se um concerto pela Orquestra Ligeira do Exército, a ter lugar pelas 22h30, no Parque de Festas de Vale de Açores.
Será ainda inaugurada, no Centro de Animação Cultural, uma exposição constituída por Fardamentos Militares das Invasões Francesas (1807-1814) e Aguarelas do General Ribeiro Arthur.
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Finalmente no dia 30 de setembro, pelas 21h30, no Centro de Animação Cultural, vai decorrer o lançamento do livro “Andaram por aqui os Franceses… A Terceira Invasão Francesa em Mortágua”, da autoria de João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa. A apresentação da obra estará a cargo de Isabel Vargues.
Deve-se referir que Mortágua foi um dos palcos principais do confronto entre as tropas francesas e anglo-portuguesas naquela que viria a ficar conhecida como a “Batalha do Bussaco”, e que se desenrolou nas vertentes da serra do Bussaco, abrangendo os concelhos de Mortágua, Penacova e Mealhada. No dia 27 de setembro de 1810 os dois exércitos estavam frente a frente. Nesta batalha as forças napoleónicas saíram derrotadas, calculando-se que tenham sofrido cerca de 5 mil baixas.
O programa de atividades conta com a colaboração do Exército, Direção de História e Cultura Militar e Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA).
Segundo o Presidente da Câmara Municipal, Júlio Norte, este programa de iniciativas dá seguimento a um trabalho que começou há três anos, o qual pretende trazer à luz do dia um marco histórico que marcou a região mas que não tem sido devidamente valorizado e potenciado, do ponto de vista cultural e turístico, ao contrário do que têm feito outras regiões do país e do estrangeiro que foram palco das Invasões Francesas.
Júlio Norte considera que este acontecimento histórico poderá tornar-se num produto âncora na promoção dos territórios da região, integrado numa “rota das Invasões” e associado a outros pontos de interesse que a região tem para oferecer, nomeadamente a gastronomia, o património e a paisagem.
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