Os 14 desalojados de um edifício da Baixa de Coimbra afetado no sábado à noite pela derrocada de um imóvel devoluto vão continuar realojados e só hoje saberão quando podem regressar, disse a presidente da Câmara, Ana Abrunhosa.
A autarca, que falou aos jornalistas no seguimento de uma visita técnica ao edifício afetado, referiu que as famílias desalojadas vão poder ir aos seus apartamentos buscar os seus pertences.
“Vão acompanhadas para poderem retirar roupa e víveres para as suas refeições, pois há também a preocupação que as pessoas fiquem em espaços onde possam cozinhar”, salientou.
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A presidente da autarquia adiantou que hoje será avaliado o edifício afetado, no qual entrou entulho pelas janelas do imóvel colapsado e que tem de ser retirado à mão.
Segundo afirmou, as pessoas afetadas vão continuar realojados pelo tempo que “for necessário” e as despesas do alojamento vão ser imputadas ao proprietário do edifício, que já tinha sido notificado pela autarquia devido ao estado de ruína, bem como outras despesas relacionadas com os bombeiros, proteção civil e obras no imóvel atingido.
“Criaremos um centro para imputarmos todos os custos ao responsável. Os proprietários que deixam edifícios ao abandono são responsáveis e agora na Câmara existem outras orientações, pelo que é bom que cuidem do seu património”, avisou.
Ao final da tarde de hoje, depois de concluído o relatório que está a ser elaborado após a visita técnica, o município deverá divulgar uma previsão de quando as famílias desalojadas poderão voltar a casa e de quais as obras a realizar no edifício afetado.
Nas declarações aos jornalistas, Ana Abrunhosa voltou a manifestar preocupação com outras situações de imóveis devolutos e degradados que também podem colapsar, cujos proprietários já foram notificados.
A autarca anunciou que a Câmara de Coimbra vai dar ordens de obras coercivas, que “nunca o anterior executivo fez”, por estar em causa a segurança de pessoas e bens.
“Se o proprietário não fizer as obras, é um crime de desobediência e a Câmara substitui-se”, afirmou Ana Abrunhosa, considerando que a dimensão “grande” do problema não impede o município de “começar a resolvê-lo”.
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