Política

Ana Abrunhosa acusa “presidente passa-culpas” de abandonar as freguesias de Coimbra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 07-10-2025

A manhã está animada na Feira dos 7, em São Martinho do Bispo, onde o Notícias de Coimbra encontrou a candidata da coligação Avançar Coimbra, Ana Abrunhosa, em ritmo de campanha autárquica.

Entre cumprimentos e visitas aos expositores locais, a antiga ministra da Coesão Territorial destacou que “hoje é dia de celebrar o cuidado que as freguesias têm com os seus produtores e atividades económicas”.

De sapatilhas nos pés — “mas só em campanha”, garantiu com humor —, Ana Abrunhosa reforçou a importância da proximidade com as pessoas. “Queremos ouvir, ver, abraçar, sentir. A rua diz-nos que é tempo de avançar”, afirmou, sublinhando o descontentamento popular com promessas não cumpridas pelo atual executivo camarário.

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A candidata criticou o atual presidente da Câmara, a quem chamou “presidente passa-culpas”, por “governar apenas para a cidade e esquecer as freguesias”. “Prometeu que o orçamento das freguesias ia ser 10% do orçamento da Câmara, falhou. Nós vamos cumprir. Vamos garantir que as freguesias tenham o que lhes é devido por direito, não por generosidade”, assegurou.

Ana Abrunhosa prometeu ainda “descentralizar a cultura, a saúde e os transportes” e garantir que todas as freguesias — “pequenas ou grandes, rurais ou urbanas” — tenham igualdade no acesso a serviços públicos. “Os programas das férias escolares, por exemplo, só são pagos nas freguesias urbanas. Isso é discriminação”, criticou.

A candidata defendeu um modelo de governação em diálogo com todos os presidentes de junta, “independentemente da cor política”, e revelou que pretende criar um conselho de conselheiros, onde terão assento os presidentes de todas as freguesias. “Eles conhecem melhor do que ninguém os problemas do território”, frisou.

Com um ambiente festivo e muitas caras conhecidas, Ana Abrunhosa está na Feira dos 7 com um sorriso e uma mensagem de continuidade: “Não é em vésperas de eleições que devemos estar próximos das pessoas — é sempre. Isso é que é governar.”

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