Coimbra

Amílcar Falcão eleito Reitor da Universidade de Coimbra

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-02-2019

Amílcar Falcão foi hoje eleito Reitor da Universidade de Coimbra

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O docente e investigador na área da inteligência artificial Ernesto Costa, o diretor da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, e a astrónoma brasileira Duília Fernandes de Mello form os  candidatos derrotados por Amílcar Falcão.
 
Licenciado em Ciências Farmacêuticas, Doutorado e Agregado em Farmácia (Especialidade de Farmacologia) pela Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão é Professor Catedrático desde 2007.
 
Fez parte do primeiro Conselho Geral da UC entre 2008 e 2010, tendo assumido as funções de Diretor da Faculdade de Farmácia entre 2010 e 2012. Foi igualmente membro do Conselho de Gestão da UC de 2015 a 2017. Atualmente é Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Investigação, Inovação, Empreendedorismo e Desporto, exercendo o cargo desde 2011, e Diretor do Instituto de Investigação Interdisciplinar (IIIUC), função que desempenha desde 2013. É, ainda, Director Técnico da empresa ICNAS Produção (empresa detida a 100% pela Universidade de Coimbra).

Este actual vice-reitor da Universidade de Coimbra tem criticado a politica de comunicação da Universidade de Coimbra, que, recorde-se é da responsabilidade do reitor João Gabriel Silva, que assumiu este pelouro após a saída da vice-reitora Clara Almeida Santos.

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Amílcar Falcão disse mesmo que a Universidade de Coimbra não tem uma estratégia de comunicação.

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“Eu acho que não há, mas não me perguntem exactamente como é que se faz , mas havemos de encontrar forma de o fazer, porque nós não podemos continuar a a não ter uma comunicação eficaz”, lamentou o candidato  a sucessor de João Gabriel Silva.

Numa sessão da sua candidatura, Amílcar Falcão defendeu  a necessidade de um aumento da capacidade de atração de estudantes e investigadores. 

“Temos que aumentar a nossa capacidade de atratividade, quer para estudantes, quer para investigadores”, afirmou o atual vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC),ouvido pela agência Lusa antes da apresentação da sua candidatura.

Para o candidato, a política de atração do estudante internacional, que se propõe a manter, não deve ser encarada “como a única solução” para os problemas demográficos que a instituição terá de enfrentar, considerando que a universidade deve “começar por olhar mais para a região e não só para fora”.

A Universidade de Coimbra tem de ser “mais atrativa na região, junto das escolas”, mas também garantir mais e melhor investigação e divulgá-la convenientemente, considerando que o trabalho em torno da imagem da instituição “não tem sido propriamente o ponto forte” da UC.

Segundo Amílcar Falcão, a universidade também tem de ter “mais parcerias com a sociedade, sejam municípios, empresas ou associações setoriais” e tem de ter “a capacidade de encontrar pontes” com a Câmara de Coimbra e com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

“A cidade precisa que estas três instituições se entendam e se unam para lutarem por objetivos comuns”, frisou.

Outro dos desafios para o futuro da instituição passa por colocar a UC “num patamar mais elevado, ao nível da qualidade”.

“Vivemos dos estudantes e para os estudantes. Temos que os envolver na investigação, têm que beneficiar na formação dessa investigação”, defendeu, considerando que será necessário haver “uma revisão curricular vasta” e inovação na área pedagógica de forma a garantir uma universidade adaptada “às exigências atuais” e com os olhos postos no futuro.

Para isso, disse, há que envolver também os estudantes nessa discussão.

Também nos órgãos de decisão da universidade, defende uma revisão que permita uma “representatividade maior do corpo técnico e dos estudantes”.

Já sobre as propinas, acompanha a posição do Presidente da República – de que se deve caminhar para o seu fim -, mas entende que a sua extinção tem de ser acompanhada “pelo envelope financeiro respetivo”.

Amílcar Falcão mostra-se ainda contra a passagem da Universidade de Coimbra ao regime fundacional, considerando que essa mudança acarretaria “riscos” para a instituição.

O Vice-reitor aproveitou o momento para anunciar que se for eleito vai criar as figuras de Provedor do Docente e do Provedor do Investigador.

O docente e investigador na área da inteligência artificial Ernesto Costa, o diretor da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, e a astrónoma brasileira Duília Fernandes de Mello são os outros candidatos a reitor.

As eleições para reitor da Universidade de Coimbra para o mandato 2019-2023 decorreram numa reunião plenária do Conselho Geral, neste dia 11 de fevereiro.

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição.

O atual reitor, João Gabriel Silva, cumpre em 2019 o seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra.

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é o órgão responsável pela eleição do reitor, sendo constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição.

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