Justiça
Amigo do prefeito de Coimbra acusado de falsificação para habilitar empresária a disputar concurso aberto pela Câmara

José Manuel Diogo, amigo do líder do Município de Coimbra, foi acusado, recentemente, de falsificação de documento destinado a habilitar a empresária Nirit Harel a disputar um concurso aberto pela Câmara.
A acusação deduzida pelo Ministério Público, a cujo teor Notícias de Coimbra acaba de ter acesso, poderá ser sujeita a escrutínio de juiz de instrução criminal, mediante requerimento do arguido, embora este tenha optado pelo silêncio na fase de inquérito.
As averiguações da Polícia Judiciária no âmbito do inquérito dirigido pelo MP concluíram pela ilibação da empresária israelita, independentemente de o dossiê ser submetido a secretismo por parte da Câmara conimbricense.
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O incompreensível secretismo da autarquia foi objecto de um artigo de opinião, publicado há três meses, da autoria de um jornalista colaborador de NDC.
José Manuel Diogo, representado pelo advogado Pedro Delille (defensor do ex-primeiro-ministro José Sócrates), é acusado pela entidade titular da acção penal de ter ajudado a instruir a candidatura de Nirit Harel mediante recurso a um documento presumivelmente forjado.
Enquanto o arguido alegou ter representado a empresa FortifyData no Startup Bootcamp Amesterdão, aquela sociedade nega.
Segundo a peça acusatória, em data anterior a meados de 2022, José Manuel Diogo, por si, ou alguém a seu mando, redigiu uma informação em que fez constar ter participado no Startup Bootcamp Amesterdão, como estrategista – chefe de comunicação e marketing para o desenvolvimento de negócios no mercado europeu em representação da FortifyData.
O MP faz notar que o líder do Município de Coimbra, ao tomar conhecimento da presumível falsidade da declaração inerente a uma alegada campanha apresentada como realizada por Diogo, fez chegar aos autos uma pesquisa que efectuou em fontes abertas da qual referiu resultar a existência de uma relação profissional do arguido com a FortifyData. Ainda assim, a empresa reiterou a falsidade do documento apresentado por José Manuel Diogo.
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