Região

Ambiente ‘põe’ três milhões de metros cúbicos de areia a sul da Figueira da Foz em 2023

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 12-08-2021

As praias a sul da Figueira da Foz, nomeadamente as mais afetadas pela erosão costeira, vão ser abastecidas com três milhões de metros cúbicos (m3) de areia em 2023, garantiu hoje a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

De acordo com uma calendarização hoje anunciada, na Figueira da Foz, pelo vice-presidente da APA, Pimenta Machado, a intervenção prevista para o troço de areal entre a Cova-Gala e a Costa de Lavos tem em curso, até ao primeiro trimestre de 2022, o projeto base.

Segundo o mesmo cronograma, também nos primeiros três meses de 2022 será feita uma análise custo-benefício,

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Também em curso, após um concurso lançado em janeiro, está o estudo de impacte ambiental (EIA), que tem 12 meses de duração, até meados de 2022, altura prevista para a conclusão do projeto de execução. Segue-se a avaliação de impacte ambiental, prevista para estar concluída no final de 2022.

Depois de cumpridas estas fases, será lançado o concurso de empreitada, pelo que a APA estima que a intervenção – dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e deposição nas praias a sul – decorra entre abril e setembro de 2023.

Três milhões de m3 de areia representam um volume entre os cinco e os sete milhões de toneladas (a densidade da areia molhada situa-se entre os 1.700 e os 2.300 quilos por m3), o que equivale a uma fila compacta de camiões com cerca de 1.500 quilómetros, constatou a agência Lusa.

A obra tem um custo total de 13,7 milhões de euros e é financiada a 75%, cerca de 10,3 milhões de euros, por fundos europeus, resultantes de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Os restantes 25% serão assumidos pela APA (10%) e administração portuária (outros 10%), enquanto o município da Figueira da Foz comparticipa com 5%, cerca de 685 mil euros.

Em junho de 2019, na vigência do anterior Governo, a então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino e o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, anunciaram na Figueira da Foz um investimento de 19,4 milhões de euros para melhorar as condições de segurança e operação na entrada do porto da Figueira da Foz e, simultaneamente, combater a erosão costeira a sul.

Na altura, Ana Paula Vitorino esclareceu que a intervenção permitiria “a remoção de três milhões de metros cúbicos de dragados da zona a norte do molhe Norte do porto”, areia que iria “alimentar os troços costeiros na zona sul”.

A empreitada estava então prevista para se iniciar em 2020 e o concurso para a elaboração do projeto e EIA deveria começar nesse mesmo ano de 2019, de acordo com o que então foi anunciado, no âmbito da parceria assinada entre a APA, administração portuária e Câmara da Figueira da Foz, mas sofreu quase dois anos de atraso.

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