Com a chegada de milhares de novos estudantes a Coimbra são várias as ofertas de alojamento que lhes são apresentadas. Entre elas, as tradicionais Repúblicas tão caraterísticas na cidade. Em Coimbra existem 25 Repúblicas, entre Repúblicas mistas, masculinas e femininas. O Notícias de Coimbra visitou a República dos Fantasmas, onde conheceu a origem desta República, os seus “fantasmas” e o ambiente que é vivido neste espaço que consideram familiar.
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Sérgio Silva, atualmente o morador mais antigo da República dos Fantasmas, e Alexandre Meireles, um antigo habitante e visita frequente da casa, explicam ao NDC como é viver numa república.
Sérgio Silva conta de onde vem a designação “República dos Fantasmas”. Este nome surge quando os fundadores procuravam um espaço para formar uma República e encontraram este edifício abandonado no Bairro Sousa Pinto, “sem cadeiras, sem nada, e comentaram que a casa estava aos fantasmas”, explica. Em 1969 receberam os primeiros repúblicos.
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São neste momento oito os estudantes que vivem na República dos Fantasmas, num ambiente que consideram ser o de uma família. Sérgio Silva é natural dos Açores, o que o impossibilita de ir aos fins de semana a casa como muitos outros estudantes. Entende que na República encontrou o ambiente acolhedor que colmata essas saudades de casa.
Na República há ainda um quarto disponível para um novo estudante, além de oito habitantes de diferentes cursos, diferentes zonas do país, incluindo estrangeiros de Erasmus em Coimbra, que ganham novas amizades neste contexto que levam para a vida, afirmam.
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“Um ano numa República são 100 anos de vida” é o lema desta casa. “A cada ano é celebrado um centenário porque é como se tivessem passado 100 anos devido à quantidade e qualidade das vivências que aqui se passam”, explica Alexandre Meireles.
As Repúblicas vivem sobretudo dos espaços comuns, é nestes espaços que os estudantes passam a grande parte do seu tempo em convívio.
A República dos Fantasmas tem cada um dos nove quartos com um custo mensal de 200 euros, com todas as despesas e alimentação incluídas. A alimentação é fornecida pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, através das cantinas.
Sérgio Silva esclarece que os quartos são todos compostos por uma cama, mesinhas de cabeceiras, secretária e arrumação para a roupa. Todos com janela, acrescenta.
Recebem ainda comensais, estudantes que não vivem na República, mas que pagam 70 euros pelos sete dias da semana, e podem ir lá almoçar e jantar, ou mesmo tomar pequeno-almoço e ceia, todos os dias.
O estudante que venha a integrar a República dos Fantasmas, pode esperar um ambiente familiar e uma experiência única e tradicional de Coimbra. Para viver na República o único requisito é ser estudante de uma instituição de ensino superior em Coimbra.
Veja o direto NDC na República dos Fantasmas
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