O Presidente da República defendeu hoje na ONU que era preciso reconhecer o Estado da Palestina agora, porque “amanhã teria sido tarde de mais”, e enquadrou essa decisão como “a continuação de uma política de longa data” de Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa discursava na Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução dos Dois Estados, co-organizada pela França e pela Arábia Saudita, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
O chefe de Estado recebeu aplausos quando referiu, no início da sua intervenção, que “Portugal reconheceu formalmente o Estado da Palestina como um Estado soberano com plenos direitos” – decisão comunicada formalmente no domingo, através de uma declaração do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na Missão Permanente de Portugal na ONU.
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No seu discurso, feito em inglês, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal não é um gesto isolado, mas antes a continuação de uma política de longa data e um contributo decisivo para a salvaguarda da solução de dois Estados”.
O Presidente da República apelou a um cessar-fogo imediato, referindo que, na perspetiva de Portugal,”ambos os países [Israel e Palestina] continuam a enfrentar ameaças à segurança, que devem ser abordadas através do diálogo, da cooperação e da procura de uma paz justa e duradoura”.
“Portugal está pronto a trabalhar ativamente neste esforço coletivo. A nossa mensagem é clara: o reconhecimento do Estado da Palestina é o reconhecimento da própria paz, agora, hoje. Amanhã teria sido tarde demais”, acrescentou.
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