Portugal

Alerta: Viu esta criatura nas praias? Nunca lhe toque!

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 06-08-2025

Imagem: DR

Imagine caminhar pela praia e avistar um pequeno ser azul-metálico a flutuar nas ondas, com formas que lembram asas de anjo e uma beleza quase irreal.

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Este encantador nudibrânquio, conhecido como dragão azul (Glaucus atlanticus), é, na verdade, uma das presenças mais perigosas que podem ser encontradas no mar — e deve ser evitado a todo custo.

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Apesar do seu aspeto frágil e delicado, o dragão azul é um predador especializado e venenoso, alimentando-se da temida caravela-portuguesa (Physalia physalis). O que o torna ainda mais perigoso é a sua capacidade de absorver e armazenar as toxinas da caravela no seu corpo, concentrando células urticantes ativas — nematocistos — que podem causar queimaduras intensas, vermelhidão, dor, náuseas e, em casos graves, reações alérgicas até anafiláticas. Curiosamente, mesmo após a morte do animal, estas células continuam ativas, tornando qualquer contacto uma ameaça real, explica o N Cultura.

Nas últimas semanas, vários avistamentos do dragão azul foram registados em zonas balneares da costa espanhola, como Galiza e Andaluzia. Autoridades locais emitiram alertas e reforçaram as instruções aos nadadores-salvadores para agir rapidamente perante qualquer sinal da presença deste nudibrânquio.

Em Portugal, o risco ainda é baixo, com apenas alguns casos esporádicos reportados no Algarve e nos Açores, geralmente após tempestades de verão ou ventos atlânticos. Contudo, especialistas alertam que as correntes e ventos marítimos têm vindo a deslocar esta espécie para zonas cada vez mais próximas da costa, o que exige atenção redobrada durante a época balnear.

O erro mais comum é confundir a sua beleza com inofensividade. Com apenas 3 a 4 centímetros, o dragão azul fascina crianças e curiosos, mas o contacto pode provocar fortes dores e até reações graves.

Por isso, não toque no animal, mesmo que pareça morto. Afaste crianças e animais de estimação. Avise nadadores-salvadores ou autoridades. Em caso de contacto acidental, lave a área com água do mar (nunca água doce), não esfregue e procure ajuda médica urgente.

A informação é a melhor forma de prevenir acidentes e proteger veraneantes. Neste verão, fique atento e partilhe este alerta para que a curiosidade não se transforme numa experiência dolorosa.

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