Política
Alerta bomba: Queria matar em Lisboa mas o alvo está na Madeira
O edifício da sede do Chega, em Lisboa, foi hoje evacuado depois de um homem ter entrado alegando ter uma bomba, confirmou à Lusa a PSP, que o intercetou e ativou o centro de inativação de explosivos.
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O porta-voz da PSP disse à Lusa que o edifício onde se encontra a sede do Chega, na Rua Miguel Lupi, foi evacuado depois de um homem ter entrado com uma mochila alegando que continha um engenho explosivo dentro.
O subintendente Sérgio Soares indicou que o homem foi, entretanto, intercetado pelos agentes que se deslocaram ao local e que foi acionada uma equipa de inativação de explosivos.
O porta-voz indicou que o homem “está intercetado, não foi detido”, indicando que “pode haver uma questão do foro psicológico”, e ressalvando que ainda não está confirmado o conteúdo da mochila.
O subintendente indicou também que a rua está cortada à circulação, tendo sido estabelecido um perímetro de segurança na envolvência do edifício.
Sérgio Soares não confirmou quantos meios foram acionados para o local e indicou que não há registo de feridos.
A assessoria do Chega disse à Lusa que o alerta foi dado cerca das 11:30 e relatou que um homem entrou na sede do partido com uma mochila, dirigiu-se a um funcionário e perguntou pelo líder, André Ventura, e “disse que ia colocar uma bomba no edifício”.
À chegada para uma arruada no Funchal, na ilha da Madeira, onde se encontra a participar na campanha para as eleições regionais, o presidente do Chega disser ter muito pouca informação sobre o incidente, referindo que sabia apenas que: “Alguém teria entrado ou tentado entrar na nossa sede, ter dito que transportava um engenho explosivo e quereria matar-me”.
André Ventura indicou que o partido “entrará em contacto com as autoridades durante o resto do dia de hoje” e que seria avaliada a existência de “algum potencial de risco maior” onde está ou se esta foi “uma situação isolada”.
O líder do Chega considerou ainda “lamentável que esta escalada de violência possa continuar”, adiantando que o partido vai reavaliar a segurança que tem na sede e a sua segurança pessoal.
Em comunicado divulgado praticamente ao mesmo tempo que André Ventura falava aos jornalistas, o partido alegou que “tudo isto surge como resultado do clima de ódio e de cancelamento que a extrema-esquerda tem criado, nas últimas semanas, a partir de declarações, das outras bancadas, face à liberdade de expressão e à política de perseguição”.
O Chega considerou “ser totalmente inadmissível que nos 50 anos do 25 de Abril ainda existam episódios deste tipo” e repudiou “qualquer tipo de comportamento de violência”
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