Coimbra

Ainda não se sabe se alguém quer construir troço do MetroBus!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-05-2019

A Infraestruturas de Portugal procedeu, em 4 de fevereiro de 2019,  ao lançamento do concurso para a empreitada de construção do primeiro troço do MetroBus do Mondego, entre Alto de São João e Serpins.

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Uma imagem do passado

Os eventuais concorrentes tinham 90 dias para apresentar propostas, mas esse prazo foi sendo protelado, passando de maio para junho.

Fonte oficial da Infraestruturas de Portugal adiantou a Notícias de Coimbra que “este atraso” se deve ao facto dos interessados em realizar a obra terem formulado diversos pedidos de esclarecimento. 

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Acrescenta que o processo de admissão de propostas deverá ficar concluído no dia 6 de junho, pelo que só após essa data será possível validar as eventuais candidaturas.

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O primeiro-ministro, António Costa, preside no dia 4 de feveereiro,  em Miranda do Corvo à cerimónia de lançamento do concurso público da empreitada do primeiro troço do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

A sessão contou  participação do então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que entretanto decidiu ser candidato ao Parlamento Europeu.

Depois dos trâmites de concursos, a obra propriamente dita “entrará pelo ano de 2020 fora”, de forma a que o sistema possa começar a ser operado em 2021, “ainda que de modo faseado”.

O SMM, que há mais de duas décadas previa a instalação de uma rede de metro ligeiro sobre carris, no centenário Ramal da Lousã, e a criação de uma linha urbana em Coimbra, adota agora o modelo denominado “metro bus”, à base de autocarros elétricos.

O concurso para as obras do SMM foi aprovado em Conselho de Ministros, que autorizou despesa no valor de 85 milhões de euros, sendo o projeto cofinanciado por fundos europeus na sequência da recente reprogramação do Portugal 2020.

Organizada pela Infraestruturas de Portugal, a sessão incluiu a apresentação pública da nova versão do Sistema de Mobilidade do Mondego e o lançamento do concurso para as obras do primeiro troço do “metro bus”, entre Alto de São João e Serpins, nos municípios de Coimbra e Lousã, respetivamente.

Durante mais de 100 anos, as populações de Lousã e Miranda do Corvo foram servidas pelo comboio que circulava no Ramal da Lousã, desmantelado e encerrado pelo último Governo de José Sócrates, em janeiro de 2010, para obras de instalação do metro, que foram suspensas algum tempo depois devido a problemas financeiros.

Ainda não é conhecido o futuro da sociedade Metro Mondego, que tem o Estado como acionista principal e que integra igualmente os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, criada em 1996 para fazer avançar o projeto do metro.

O primeiro decreto-lei com este objetivo foi publicado há 25 anos pelo último Governo de Aníbal Cavaco Silva, em 1994.

Desde que o Ramal da Lousã foi encerrado, há nove anos, os utentes do antigo comboio passaram a ser transportados em autocarros de empresas privadas, ao abrigo de sucessivos concursos públicos, que já custaram à CP cerca de 10 milhões de euros.

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