Região

Águas do Baixo Mondego preocupada com agravamento dos custos da eletricidade

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-09-2022

A Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG) manifestou-se hoje preocupada com um “aumento inesperado” de quase 400% dos custos da eletricidade, desde agosto, o que abala a gestão financeira da empresa no resto do ano.

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“Temos um aumento próximo dos 400% de um dia para o outro, o que nos deixa perplexos”, disse à agência Lusa o diretor-geral da ABMG, Nuno Campilho.

Entretanto, na sua página da internet, a empresa alertou a população que serve, nos concelhos de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, distrito de Coimbra, que “apresenta evidências de um aumento significativo de quase 400% nas últimas faturas da EDP”.

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“A fatura mais recente, de apenas um dos mais de 200 contratos que a ABMG (…) tem com a EDP, sofreu um aumento de quase 400%”, explica.

A penúltima fatura, “correspondente ao período de faturação de 02 a 19 de agosto (17 dias, portanto), apresenta um valor total de 1.788,08€, calculado de entre quatro escalões tarifários que perfaziam, grosso modo, 0.10€ por kW/h”, adianta a ABMG.

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“É uma surpresa brutal e a todos os títulos inacreditável”, declarou hoje Nuno Campilho, alertando para o impacto que estes aumentos da energia “vão ter nos custos operacionais para manter a empresa sustentável”.

É de 800 mil euros o montante reservado para eletricidade no orçamento de 2022 da ABMG, atualmente presidida por Emílio Torrão, que lidera também a Câmara de Montemor-o-Velho e a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra.

Segundo a estimativa do diretor-geral, tendo em conta os novos valores das faturas da EDP que a empresa intermunicipal espera receber, o total dos encargos com eletricidade para este ano “deverá passar para três milhões de euros”, até 31 de dezembro, quase quatro vezes mais do que o valor orçamentado, “custos que se tornam incomportáveis”.

“Não era nada expectável. Estamos agora um bocadinho com o coração nas mãos”, disse Nuno Campilho à Lusa.

Na quinta-feira, ao informar os consumidores da situação, a ABMG escreveu, no título da nota, que está “em choque com fatura de eletricidade” a pagar à EDP.

Com sede na Carapinheira, município de Montemor-o-Velho, a empresa assegura o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais a um universo de 30 mil clientes, entre entidades privadas e públicas e famílias, e 53 mil habitantes.

 

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