Economia

Águas do Baixo Mondego e Gândara admite dificuldade em manter o baixo custo da água

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 09-02-2023

O presidente do Conselho de Administração da Águas do Baixo Mondego e Gândara (ABMG), Mário Jorge Nunes, admitiu hoje que “dificilmente” a empresa intermunicipal conseguirá manter a política de baixo custo da água.

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A empresa intermunicipal Águas do Baixo Mondego e Gândaras (ABMG) agrega os municípios de Montemor-o-Velho, Soure e Mira, iniciou os trabalhos com tarifário padrão de 2018.

Nessa altura, teve de haver um ajustamento nos tarifários desses concelhos, sendo que a base de trabalho foi um tarifário padrão que era usado no concelho de Montemor-o-Velho, em 2018.

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O preço da água era ligeiramente mais alto no concelho de Soure e foi ajustado para menos e, em Mira, o preço era mais baixo, tendo sido ajustado para mais.

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O presidente do conselho de administração da ABMG, que também é presidente da Câmara Municipal de Soure, referiu hoje, à margem da visita às obras no reservatório da Lagoa, em Mira, que o tarifário padrão da empresa intermunicipal, neste momento, está “muito abaixo da média nacional” e “abaixo da média regional”.

“Diria que estamos a trabalhar com os valores de 2018, ajustados a um valor abaixo da inflação em 2022. […] Já saíram as taxas de inflação, que andam perto dos 10%. A nossa taxa de atualização de preços, de acordo com o índice de preços ao consumidor praticado em junho do ano passado, é de 4,16%. Portanto, muito abaixo daquilo que são as médias da inflação”, apontou.

Questionado sobre se a empresa conseguirá manter esta política de baixo custo da água, respondeu que “dificilmente” será possível.

Mário Jorge Nunes lembrou que é necessário consciencializar as pessoas e afirmou que a água é um bem “escasso” e cada vez mais existem “fenómenos meteorológicos e a fenómenos climatéricos extremos”.

“Períodos de seca obrigam-nos a um grande investimento, não só para a melhoria da qualidade da água”, mas acima de tudo para “a melhoria do serviço”, frisou.

Para o presidente do conselho de administração da ABMG, é necessário “investir numa racionalização e na otimização dos consumos, é preciso consciencialização das pessoas” e é necessário “modernizar [o próprio sistema] para evitar grandes perdas de água”.

“É um desafio muito grande para os próximos tempos e que implica grandes investimentos. Os consumidores, os nossos munícipes, têm de nos acompanhar nesse esforço”, concluiu.

A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara é uma empresa intermunicipal criada pelos municípios de Mira, de Montemor-o-Velho e de Soure com o objetivo de assegurar o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para um universo de cerca de 30 mil clientes e 53 mil habitantes.

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