Coimbra

Agitação marítima ‘revela’ proteção da costa da Figueira da Foz construída há 50 anos

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 07-01-2014

 A agitação marítima dos últimos dias pôs a descoberto 100 metros de uma proteção rochosa na praia do Cabedelo, Figueira da Foz, que sustenta uma duna artificial construída no local há cerca de 50 anos.

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A duna que ladeia a estrada de acesso à praia do Cabedelo foi construída tendo na base um enrocamento rochoso, ali colocado aquando da construção do molhe sul do rio Mondego, na década de 1960.

A praia do Cabedelo, na freguesia de São Pedro, foi das mais afetadas pelo temporal dos últimos dias, com o mar a passar a duna em vários pontos, provocando danos no muro e na rede de suporte do porto de pesca e destruindo todos os passadiços de madeira de acesso ao areal, constatou a Lusa no local.

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Na Leirosa, a sul, o mar invadiu alguns quintais de habitações situadas junto à costa e, na Costa de Lavos, destruiu igualmente diversos passadiços de madeira e grande parte da duna a sul da povoação, no local onde existe uma linha de água.

A câmara está a ultimar um relatório de estragos para enviar às autoridades competentes, nomeadamente o Ministério do Ambiente, disse hoje o presidente da autarquia, defendendo a necessidade de uma “intervenção urgente” na reposição do cordão dunar em vários pontos do concelho.

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“Felizmente não houve danos pessoais nem grandes estragos em bens particulares. Mas há uma erosão significativa do cordão dunar, em alguns casos entre os 10 a 15 metros”, frisou João Ataíde.

Para o autarca, a eventual reconstrução das dunas afetadas através da deposição de areia é uma solução que “será sempre precária e pode não satisfazer as necessidades de proteção”, disse.

“Estava previsto um investimento de dois a três milhões de euros mas face aos estragos que são visíveis o custo será muito maior”, frisou.

O presidente da câmara, que hoje visitou as áreas afetadas na companhia do comandante municipal da Proteção Civil, Nuno Osório, apontou ainda os estragos provocados pelo mar na zona do emissário submarino da celulose Celbi, a sul da povoação da Leirosa, local onde a duna artificial edificada em 2008 pela empresa – com recurso a uma técnica que envolve telas de tecido e tubos de areia – foi praticamente toda destruída pelo mar.

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