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Agências de viagens têm 2.500 portugueses para repatriar em 99 países

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-03-2020

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) indicou hoje, à Lusa, que já foram repatriados 27.500 portugueses, desde que a covid-19 foi declarada pandemia, faltando 2.500 que estão em 99 destinos.

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“Quando foi declarada a pandemia tivemos a noção de que estariam em causa cerca de 30 mil passageiros que teriam que antecipar o seu regresso. Desde esse dia e até hoje, já foram repatriados 27.500 passageiros, ou seja, existem 2.500 portugueses, que registaram a sua viagem por uma agência, que estão em 99 destinos diferentes e querem regressar”, avançou Pedro Costa Ferreira, em declarações à Lusa.

Segundo os dados disponibilizados por este responsável, Brasil, Cabo Verde, Angola, Espanha e Holanda, são os únicos destinos que têm mais de 100 passageiros, que reservaram a sua viagem através de uma agência, por repatriar.

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Conforme notou Pedro Costa Ferreira, uma vez que, atualmente, não existem voos comerciais, já é “muito difícil” agir, sendo que a solução passaria por abrir corredores aéreos ou fazer concessões de ‘slots’ (faixas horárias) em aeroportos fechados.

“Nós decidimos manter um diálogo muito estreito com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e estamos a enviar, a todo o momento, a informação que vamos obtendo”, sublinhou.

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Para o presidente da APAVT, que vincou não atribuir culpas ao Governo, após repatriados 27.500 passageiros, “pode ter chegado a hora da [intervenção] política” e até de uma cooperação europeia.

Já sobre as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que, esta semana, disse à Lusa que as agências de viagens não devem “abandonar” os turistas e viajantes portugueses retidos nas Filipinas, Argentina, México e Marrocos, Pedro Costa Ferreira referiu que não é tempo “para olhar para o lado à procura de culpados”.

O responsável da APAVT assegurou que a associação “também não culpabilizou nem vai culpabilizar o ministério” pelos repatriamentos, sublinhando que, já ficou claro que os turistas que estão nas Filipinas não registaram as viagens através de uma agência.

“Temos todos que trabalhar em conjunto e de uma forma próxima e é isso que estamos a fazer com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, com êxito, e a verdade é que muitos já regressaram”, concluiu. 

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