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África será região com maior aumento da mortalidade devido a incêndios

Notícias de Coimbra com Lusa | 14 minutos atrás em 18-09-2025

Imagem: depositphotos.com

África é o continente mais ameaçado pelo previsível aumento da mortalidade devido a incêndios rurais e florestais, que se agravam com as alterações climáticas, segundo um estudo científico hoje publicado numa revista britânica de especialidade. 

O estudo, divulgado pela revista britânica Nature, apresenta projeções, para todo o século XXI, da exposição às fumigações tóxicas e às emissões de partículas resultantes destes incêndios em florestas e outros ecossistemas naturais.

Um mapa no artigo mostra que, nos anos 2090, África deverá ser a região mais afetada, em particular a floresta da bacia do Congo, junto ao equador, e as florestas tropicais que se estendem do Senegal ao Uganda.

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“A nossa projeção identifica a África Subsaariana como a região mais atingida pelas mortes prematuras causadas por incêndios nos cenários de aquecimento futuro”, explicaram os autores do estudo.

Os incêndios vegetais provocam mortes pela inalação de fumos tóxicos, e, de forma indireta, através da emissão de partículas finas em suspensão (PM2,5), que causam bronquites crónicas, cancro do pulmão e doenças cardiovasculares.

África apresenta uma particularidade no período estudado: deverá conhecer simultaneamente, segundo os autores, uma desflorestação e um envelhecimento acelerado.

Pelo que, de acordo com as projeções, “apesar da diminuição em África das concentrações de emissões de PM2,5 resultantes dos incêndios, as mudanças na pirâmide etária contribuem para um aumento das mortes prematuras causadas por incêndios”.

Os autores sublinharam ainda a fragilidade da cooperação internacional perante este problema.

“As regulamentações regionais sobre a qualidade do ar, ao focarem-se em fontes específicas de emissões de origem humana, podem ser ineficazes contra os fogos vegetais, já que estas emissões provêm muitas vezes de locais fora da sua jurisdição”, lamentaram.

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