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África do Sul prepara reunião sobre imigração ilegal com Moçambique na sequência de violação coletiva

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 11-08-2022

As autoridades da África do Sul e Moçambique vão reunir-se na capital moçambicana, Maputo, em 22 e 23 deste mês para discutir a imigração ilegal oriunda do país vizinho, anunciou hoje o ministro do Interior sul-africano, Aaron Motsoaledi.

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O governante sul-africano, que falava no parlamento, adiantou que o Governo instou nas últimas semanas os países vizinhos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a “intervirem na questão dos imigrantes ilegais dos seus países que entram na África do Sul para perpetrarem crimes”.

O combate à mineração ilegal na África do Sul foi tema de debate hoje no parlamento sul-africano.

Dados oficiais apresentados no parlamento indicam que as autoridades sul-africanas prenderam mais de 4.000 pessoas por mineração ilegal no país desde 2019.

Nas últimas semanas, pelo menos 43 imigrantes ilegais moçambicanos foram detidos na sequência da violação coletiva de oito mulheres numa mina abandonada na área mineira de Krugersdorp, oeste da Joanesburgo, anunciou fonte da polícia sul-africana à Lusa.

Pelo menos seis imigrantes moçambicanos, incluindo um menor de 16 anos, encontram-se entre 14 indivíduos acusados formalmente pelo alegado incidente de violação coletiva, disse hoje fonte do Ministério Público sul-africano à Lusa.

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Os suspeitos enfrentam acusações de violação, assédio sexual, roubo em circunstância agravada e violação da lei de imigração relacionadas com o incidente que chocou o país, explicou a porta-voz sul-africana Phindi Mjonondwane.

Na quarta-feira, o ministro da Polícia, Bheki Cele, avançou que pelo menos 350 trabalhadores mineiros em situação ilegal no país foram presos como parte de várias operações policiais de combate à mineração ilegal nas áreas de Krugersdorp e Randfontein.

A alegada violação coletiva de oito mulheres originou uma onda de protestos populares violentos onde centenas de moradores se juntaram às forças policiais, acusando os trabalhadores mineiros ilegais – conhecidos localmente por ‘Zama Zama’ -, pelo elevado nível de criminalidade na província.

Um gangue armado invadiu, em 28 de julho, um local onde estavam a decorrer as filmagens de um videoclipe, numa mina abandonada próximo de Krugersdorp, e violou oito jovens raparigas que faziam parte do elenco. A equipa de filmagem foi também assaltada, segundo a imprensa local.

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