É um dos conselhos mais ouvidos entre amigos ou familiares: “descer em ponto morto poupa combustível”. Mas será mesmo verdade?
A resposta, ao contrário do que muitos pensam, é um sonoro “não” , pelo menos nos carros modernos.
A ideia de que circular com o carro em ponto morto ajuda a gastar menos combustível remonta aos tempos dos veículos com carburador. No entanto, desde a chegada da injeção eletrónica, a lógica mudou completamente. Hoje, os automóveis equipados com este sistema conseguem cortar o fornecimento de combustível sempre que não se carrega no acelerador, desde que a mudança esteja engatada, indica o e-Konomista.
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Ou seja, ao descer uma estrada com o carro engatado e sem pisar o acelerador, o consumo é praticamente nulo o que não acontece quando vai em ponto morto, onde é necessário manter o motor a funcionar ao ralenti, consumindo combustível sem necessidade.
Mas o erro não é apenas económico. A segurança também entra em jogo. Conduzir em ponto morto reduz significativamente o controlo sobre o veículo: diminui a aderência, aumenta o tempo de resposta em travagens e torna o carro mais vulnerável a fatores como vento ou piso escorregadio. Pior: retira a possibilidade de usar o motor para travar, forçando um maior desgaste dos travões.
Além do risco de avarias mais frequentes, como problemas nos travões ou desgaste prematuro de componentes, há um risco ainda maior — o da vida. Numa situação de emergência, a ausência de resposta imediata do carro pode ser fatal.
Ou seja, conduzir em ponto morto não só não poupa combustível nos carros modernos como representa um perigo real para a segurança rodoviária. A ideia pode parecer sedutora, mas é mais um mito automóvel que deve ser deixado… na berma da estrada.
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