André Marques, atual adjunto do secretário de Estado da Agricultura, esteve envolvido num processo relacionado com as eleições da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), realizadas em 2016. Na altura, exercia funções como diretor de comunicação de uma das candidaturas.
De acordo com o Correio da Manhã, André Marques terá criado um perfil falso no Facebook, fazendo-se passar por apoiante da lista concorrente, com o objetivo de influenciar o processo eleitoral.
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A situação levou à apresentação de uma queixa na Polícia Judiciária de Braga, tendo a autoria das publicações sido identificada através de vestígios informáticos.
A investigação prolongou-se até 2022 e terminou sem julgamento, após o Ministério Público aplicar uma suspensão provisória do processo por um período de oito meses, no âmbito de um crime de falsidade informática.
No âmbito deste acordo, André Marques ficou obrigado a publicar uma retratação em dois órgãos de comunicação social e a entregar 600 euros à Associação Paz e Amizade de Vila Real, entidade que gere um lar de idosos. O incumprimento destas medidas poderia ter levado à acusação formal e a julgamento.
O próprio garante que o caso não configura qualquer incompatibilidade legal ou ética com as funções que atualmente desempenha no Governo, sublinhando tratar-se de um episódio de caráter pessoal. Afirma ainda que a aceitação da suspensão do processo não representa reconhecimento de culpa penal.
As eleições da OCC acabariam por ser vencidas pela lista adversária, liderada por Paula Franco
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