Coimbra
ADFP estranha contraste entre tendas e um hospital fechado
A Fundação ADFP, proprietária do Hospital Compaixão, por abrir em Miranda do Corvo há quase um ano, estranha que o caso contraste com a instalação de tendas, a uma dezena de quilómetros, junto ao Centro de Saúde da Lousã.
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A Câmara Municipal lousanense indicou ter-se tratado de reforçar a capacidade de resposta à triagem de doentes.
Se o Hospital Compaixão abrisse, “as pessoas residentes em concelhos do Interior poderiam ter acesso a atendimento permanente e deixariam de ter de ir para a Urgência em Coimbra, onde correm grandes risco de contágio”, alega a Fundação – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.
“Receamos que as politiquices e os negócios instalados impeçam o Governo e a ARS/Centro de agir de forma racional”, declarou o presidente da Fundação, Jaime Ramos (médico).
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Neste contexto, Jaime Ramos apelou aos líderes dos municípios da Lousã e de Miranda do Corvo (ambos autarcas do PS) para “conversarem, exigirem racionalidade à Administração Regional de Saúde do Centro e defenderem, em conjunto, os interesses das pessoas”.
Na semana passada, o Hospital Compaixão foi oferecido, pela instituição proprietária, ao Governo para reforço do combate ao novo coronavírus.
Apetrechada para funcionar, a infra-estrutura hospitalar permanece por abrir, há perto de um ano, devido à falta de um acordo de cooperação com a ARS/Centro.
O equipamento, a poucos minutos de Coimbra através da A-13, está dotado de 55 camas, possui quatro ventiladores, equipamento de tomografia computorizada (TAC), raio-X e ecografia, a par de bloco operatório (com duas salas de cirurgia) e área para serviço de urgência.
Para Jaime Ramos, “o esforço feito para inverter o esvaziamento característico da interioridade está a ser injustamente desprezado”.
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