A presidente da Câmara de Coimbra considerou hoje que é fundamental aproximar quem está na máquina dos fundos europeus aos beneficiários, dedicando mais tempo ao “essencial acompanhamento dos projetos” e “perdendo menos tempo na análise”.
“Há bons anos atrás, quando recebíamos os promotores nós tínhamos que manter a distância, como uma espécie de segregação de conflito de interesses. Felizmente isso acabou e, portanto, a proximidade que quem está na máquina dos fundos tem que ter aos beneficiários e aos potenciais beneficiários é fundamental”, vincou Ana Abrunhosa na sessão de abertura da 2.ª Mostra dos Fundos Europeus.
O Convento São Francisco, em Coimbra, acolhe, até sexta-feira, a 2.ª Mostra dos Fundos Europeus, para dar a conhecer os projetos e investimentos dinamizados através dos fundos europeus em Portugal e partilhar informação sobre o acesso e o funcionamento do Portugal 2030 no país.
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Na sua intervenção, a autarca, que já foi presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, evidenciou a necessidade de ser usada uma linguagem acessível e “regras muito claras”.
“Hoje, a inteligência artificial e tantas tecnologias que existem permitem que as pessoas que estão na máquina dos fundos se dediquem ao essencial: à proximidade, ao acompanhamento dos projetos. Perdermos menos tempo na análise e ganharmos tempo no acompanhamento e nessa proximidade, porque os fundos não são só um instrumento financeiro”, sustentou.
De acordo com a antiga ministra da Coesão Territorial, os fundos europeus ajudam a planear e a construir estratégias.
“Que percebamos que quando fazemos uma candidatura, seja de uma empresa, de uma autarquia, seja de uma IPSS [instituição particular de solidariedade social], que essa candidatura faça parte de uma estratégia, de um todo. E que quem analisa essa candidatura possa perceber que ela faz sentido nessa estratégia”, apontou.
Só assim os fundos europeus terão impacto na qualificação, competitividade e na internacionalização. “Transformarmos conhecimento em inovação, o transformarmos inovação em empresas, o fazermos crescer empresas, o terceiro setor que é tão importante, a área da saúde, a área da educação”, acrescentou.
Na sua intervenção, Ana Abrunhosa aludiu ainda ao impacto que os fundos europeus têm tido em Coimbra, tanto no processo de transformação do ‘metrobus’, como nas requalificações de escolas e de centros de saúde.
“O que é que seria de nós sem os fundos europeus? Por isso, estamos muito gratos a esta maravilhosa máquina, estamos muito gratos à solidariedade europeia”, referiu.
Também na sessão de abertura do evento, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, afirmou que os fundos europeus são muito mais do que números, programas ou linhas de financiamento.
“São oportunidades concretas que transformam realidades, criam emprego, promovem inovação, reforçam a coesão e melhoram a qualidade de vida de todos nós”, mencionou.
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