A AD obteve mais 10 deputados que em 2025, com a maioria das conquistas a ocorrerem em círculos eleitorais no centro e norte do país nas legislativas de hoje.
No total, ao ganhar os distritos ao PS, a AD conseguiu mais um deputado em Castelo Branco, Coimbra, Santarém e Lisboa, enquanto que reforçou a maioria com mais um eleito nos círculos de Viseu, Vila Real, Porto, Viana do Castelo e Açores.
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Em Setúbal, apesar de se manter como terceira força, a AD obteve mais um eleito.
Em Santarém, a AD passou o PS como principal força mais votada, desequilibrando o número de eleitos (4 para a AD, 3 para o Chega e 2 para o PS).
O Chega neste distrito, que é considerado um dos barómetros eleitorais do país, passou para segunda força, obtendo mais dez mil votos e o PS perdeu mais de 14 mil votos.
Em Castelo Branco, PS perdeu um dos seus bastiões e um deputado para a AD, com o Chega a manter-se em terceiro lugar, mas com mais três mil votos, enquanto os socialistas perderam oito mil votos.
Na Guarda, a AD reforçou o seu resultado, com mais três mil votos, seguido do PS (que perdeu 5583 votos) e do Chega, com os três deputados a serem divididos por igual pelas três forças.
Em Viseu, a AD obteve mais um deputado à custa do PS e reforçou em quase 12 mil o número de votos obtido em comparação com o 2024. O Chega passou a segunda força política, mas manteve o número de eleitos (dois).
Em Coimbra, a AD ganhou o distrito e mais um deputado ao PS, que perdeu 16 mil votos, com o Chega a ganhar mais cinco mil votos, mas a continuar em terceiro lugar.
Em Aveiro, onde concorriam os candidatos a primeiro-ministro da AD (Luís Montenegro) e PS (Pedro Nuno Santos), os socialistas perderam um deputado, com a AD e o Chega a ganharem mais um eleito cada (o círculo eleitoral passou a ter 12 lugares em vez de 11).
Em Leiria, um bastião social-democrata, a AD manteve os cinco eleitos, mas a grande subida é do Chega, que aumenta oito mil votos, e rouba um deputado ao PS.
Bragança continua a ser o único círculo em que o Chega não elege e teve um aumento modesto de apenas mil votos, com a AD a manter dois eleitos e o PS um.
A AD roubou um deputado ao PS em Vila Real, subindo para três eleitos, contra um dos socialistas e um do Chega, que manteve a mesma votação.
Em Braga, o líder da IL conseguiu eleger-se, subindo três mil votos, mas a maior subida de todos é do Chega, que aumentou 16 mil votos e passou de quatro para cinco deputados.
No distrito da capital do Minho, o PS perdeu 32 mil votos e um deputado (ficou com 4), enquanto a AD manteve os oito eleitos.
Em Viana do Castelo, o PS passou de segunda para terceira força e perdeu um deputado para a AD (que elegeu três), ficando com o mesmo eleito que o Chega que aumentou sete mil votos.
No Porto, a AD passou de 14 para 15 eleitos (com mais 36 mil votos), o PS manteve-se como segunda força mas perdeu dois eleitos (de 13 para 11) e o Chega aumentou dois deputados (de sete para nove) e 45 mil votos.
O Bloco de Esquerda, que fora quinta força no distrito do Porto, fica de fora do parlamento e perdeu dois deputados, diminuindo em 60% o número de votos.
No segundo maior círculo do país, a IL manteve-se com dois deputados, o Livre aumentou 10 mil votos e elegeu o segundo deputado enquanto a CDU manteve o seu eleito, apesar de perder 1.300 votos.
Nos Açores, a AD aumentou um deputado, passando de dois para três eleitos, à custa do PS, que perdeu um lugar, com o Chega a manter-se como terceira força, embora a menos de 750 votos dos socialistas, que governaram vários anos a região autónoma.
Na Madeira, o JPP consolidou o crescimento, aumentou três mil votos e chegou ao parlamento à custa do PS, que perdeu um deputado e passou a terceira força, atrás do Chega.
Com quase totalidade dos votos contados, os resultados provisórios da secretária-geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) dão a vitória à AD, seguida pelo PS a cerca de dez pontos percentuais, com pouca vantagem sobre o Chega.
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