O líder da distrital do PSD de Coimbra, Paulo Leitão, congratulou-se hoje com a vitória da AD – Coligação PSD/CDS-PP em Coimbra, que venceu em 16 dos 17 concelhos de um distrito habitualmente socialista e onde o Chega arrecadou a pior votação percentual do país.
“Faço um balanço muito positivo: a última vez que vencemos no distrito foi há dez anos. Vencemos em 16 dos 17 concelhos e conseguimos os nossos objetivos de passarmos a ser a força política mais votada e com mais mandatos no distrito de Coimbra”, sublinhou.
A AD – Coligação PSD/CDS-PP venceu no domingo as eleições legislativas antecipadas no distrito de Coimbra, elegendo quatro deputados, depois de ter “roubado” um mandato ao PS, que fica agora com três, enquanto o Chega manteve dois deputados.
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Segundo os resultados provisórios, a AD venceu em 16 dos 17 concelhos que compõem o distrito de Coimbra (mais nove concelhos do que em 2024), tendo o PS, que vinha dominando o círculo eleitoral, saído vitorioso apenas em Soure.
A AD obteve 34,38% dos votos (mais 3,8% do que em 2024), seguiu-se o PS com 27,39% (menos 5,3% do que em 2024), Chega com 18,39% (mais quase 03% do que em 2024), Iniciativa Liberal (IL) com 04,44%, Livre com 04,06%, CDU com 02,51%, Bloco de Esquerda (BE) com 02,17%, Alternativa Democrática Nacional (ADN) com 01,62% e o PAN com 01,22%.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Leitão evidenciou que o bom resultado da AD fica a dever-se ao trabalho que o Governo liderado por Luís Montenegro vinha fazendo, bem como ao desempenho dos próprios deputados eleitos no ano passado.
“É um excelente estímulo e um bom indicador para as próximas eleições, que são as autárquicas, embora não sejam atos eleitorais comparáveis”, indicou.
Já o líder da distrital do PS de Coimbra, João Portugal, reconheceu que falhou o objetivo de manter os quatro deputados, bem como ganhar no distrito.
“O partido só tem de respeitar os resultados eleitorais e perceber que o eleitorado deu uma mensagem ao Partido Socialista. Apesar de ter sido o distrito do país onde o Chega teve o menor percentual de votação, isso não deixa de ser para nós uma derrota: perdemos um deputado, não ganhámos o distrito e perdemos o país”, sustentou.
À Lusa, João Portugal confessou que não estava à espera deste resultado, evidenciando que o PS em Coimbra tem normalmente um resultado entre os 02 e os 04% acima da média nacional.
“Coimbra também não resistiu a esta viragem atual e foi arrastada por esta conjuntura nacional. Agora, o PS tem de fazer uma reflexão profunda e perceber o que é que se passou a nível nacional e depois também mais localmente, embora eu ache que o eleitorado não ficou contente com novas eleições e que isto também foi um voto de protesto”.
A terceira força mais votada no distrito de Coimbra foi o Chega que, apesar de até ter conseguido mais de cinco mil votos do que em 2024, foi neste território que obteve a pior votação percentual no país.
O líder da distrital do Chega em Coimbra, que também foi eleito deputado, Paulo Seco, admitiu que o resultado ficou “um bocadinho abaixo do esperado”, num distrito que “toda a gente sabe que é extremamente socialista”.
“Os 17 concelhos do distrito chegaram a ser maioritariamente governados pelo Partido Socialista e tem sido uma luta enorme, ao longo destes últimos seis anos, conseguir modificar um bocadinho o pensamento das pessoas. Apesar das dificuldades todas, conseguimos aumentar a votação e ficámos a menos de 500 votos de eleger o terceiro deputado”, apontou.
Segundo Paulo Seco, o Chega falhou o objetivo que traçou para Coimbra nestas eleições legislativas antecipadas, que passava por eleger, pela primeira vez, “uma senhora para representar as mulheres do distrito neste âmbito político”.
“Mesmo assim, este resultado só nos redobra a responsabilidade nas próximas eleições, sejam elas autárquicas, que não são comparáveis com o índice de votação, mas em umas próximas eleições legislativas”, concluiu.
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