A acumulação de dias de férias não gozados está a tornar-se uma tendência preocupante com consequências não só para a saúde mental dos trabalhadores, mas também para a produtividade e estabilidade das próprias empresas.
De acordo com um estudo recente da Kickresume, muitos profissionais optam por adiar ou mesmo abdicar das suas férias, sentindo-se pressionados a estar constantemente disponíveis. O resultado? Aumento do cansaço acumulado, menos motivação e risco elevado de esgotamento.
“Evitar tirar férias pode parecer uma demonstração de dedicação, mas na verdade prejudica tanto o colaborador como a organização”, alerta Peter Duris, CEO da Kickresume. O responsável lembra que o descanso não é um luxo, mas sim uma necessidade para manter o equilíbrio emocional e o desempenho profissional.
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A pesquisa revela ainda que 80% dos trabalhadores admitem que o seu trabalho tem impacto direto na sua saúde mental, e 34% relatam sentir-se frequentemente stressados. Ainda assim, muitos continuam a guardar dias de férias “para uma ocasião especial” que muitas vezes nunca chega. Sentimentos de culpa, receio de serem vistos como menos comprometidos ou falta de planeamento estão entre as causas mais apontadas.
Especialistas alertam que esta cultura de “presenteísmo” — estar sempre disponível, mesmo quando não se está produtivo — mina o bem-estar e aumenta o risco de burnout. E as pausas curtas podem fazer uma diferença enorme. “Dois dias de folga bem aproveitados podem ter um impacto mais positivo do que semanas acumuladas e não utilizadas”, sublinha Duris.
Mais do que nunca, torna-se essencial que empresas promovam uma cultura de descanso e equilíbrio, onde os trabalhadores sintam liberdade e segurança para usufruírem do seu tempo de férias. Uma mente descansada é, afinal, uma mente mais criativa, produtiva e resiliente, pode ler-se no ZAP.
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