A associação Acreditar lançou uma carta aberta aos principais decisores políticos de Portugal, apelando a medidas urgentes para apoiar famílias de crianças e jovens com cancro.
A organização alerta que, enquanto os pais deveriam concentrar-se no cuidado dos filhos, as dificuldades económicas ligadas à doença tornam o processo ainda mais pesado e injusto.
Segundo um levantamento nacional da Acreditar de 2024, o impacto financeiro médio por família chega a 655 euros por mês, devido à perda de rendimentos e ao aumento das despesas com deslocações, terapias, alimentação especial e medicação. Atualmente, o subsídio de assistência a filho com cancro cobre apenas 65% do salário de um progenitor e tem um teto máximo de 1.045 euros, deixando muitas famílias vulneráveis.
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Entre as medidas propostas estão: a eliminação do teto do subsídio, permitir que ambos os cuidadores usufruam simultaneamente da licença, simplificação dos procedimentos administrativos, reforço do subsídio por funeral e garantia de cuidados adequados em todas as fases da doença.
A carta aberta enfatiza que ” cada mês que passa sem estas respostas traduz-se em famílias mais cansadas, rendimentos perdidos e oportunidades de recuperação comprometidas. A doença oncológica em crianças e jovens exige um esforço prolongado e coordenado”.
“Cuidar de um filho com cancro é uma prioridade”, termina.
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