Portugal

Acordou sem andar após cirurgia e a seguradora quer que pague 82 mil euros

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 54 minutos atrás em 30-04-2025

Imagem: Goucha / Facebook

Marli Soares tinha 30 anos quando, em agosto de 2017, a sua vida mudou por completo. Um grave acidente de trabalho causado pela queda da carga de um camião deixou-a com lesões físicas severas, algumas irreversíveis.

Desde então, foi sujeita a três cirurgias, sendo que, após a última intervenção, entrou em coma induzido durante quatro dias. Quando acordou, já não conseguia andar.

Sem rendimentos desde que terminou o subsídio de desemprego, em fevereiro de 2025, Marli vive agora com uma incapacidade permanente, dependente de apoio e cuidados médicos. Mas o sofrimento não terminou aí: a seguradora que financiou uma das cirurgias exige agora a devolução de 82 mil euros, lançando-a numa nova crise , desta vez financeira e judicial.

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O caso, que já passou pelos tribunais, teve avanços e recuos. Inicialmente, foi-lhe atribuída uma pensão provisória de 105 euros e reconhecidos 27% de incapacidade. No entanto, em 2024, uma nova avaliação médica, requerida em tribunal, alterou drasticamente esse parecer, atribuindo-lhe 0% de incapacidade. A decisão deixou Marli perplexa e revoltada.

A história foi partilhada no programa “Goucha”, da TVI, onde Marli deu a cara por uma realidade que afeta muitas vítimas de acidentes laborais: anos de sofrimento físico e emocional, processos judiciais longos e a constante incerteza quanto aos seus direitos.

Enquanto tenta reerguer-se, Marli vê-se agora forçada a lutar não apenas contra as limitações do corpo, mas também contra um sistema que parece ter virado as costas à sua condição.

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