Os acidentes de viação em Moçambique são mais mortíferos do que qualquer doença, disse hoje o ministro dos Transportes e Logística, pedindo maior fiscalização e observância das regras de trânsito.
“Os acidentes, hoje em dia, estão a matar mais do que qualquer doença de saúde pública que nós temos no país e isso preocupa-nos, porque achamos que podemos evitar. Portanto, estamos a ter prejuízos económicos bastantes grandes”, disse João Matlombe, que falava na cidade da Beira, no centro de Moçambique.
De acordo com o governante, a fatalidade dos acidentes de viação causam, igualmente, grandes prejuízos sociais às famílias, e o centro do país é um dos que contribui com acidentes com impacto grave em termos de fatalidade.
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Na cidade da Beira, Matlombe entregou dez viaturas ao Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Inatro) para intensificar os níveis de fiscalização nas estradas, para evitar a situação de viaturas que circulam sobrelotadas.
“Que estes meios sirvam para, efetivamente, fazer-se a fiscalização, haja maior responsabilidade dos nossos fiscais. Não podemos continuar a ter situações de viaturas superlotadas a terem acidentes enquanto passam por pontos de fiscalização. Portanto, os nossos colegas também devem ser mais responsáveis em relação a isso”, disse Matlombe.
Ainda na madrugada desta segunda-feira foi registado um acidente de viação no distrito de Mandlakazi, província de Gaza, que resultou de um despiste e embate contra uma árvore, com registo de pelo menos uma morte.
Os índices de acidentes rodoviários em Moçambique são classificados como dramáticos, com as autoridades a apontarem o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool como as principais causas.
Só em agosto, pelo menos 87 pessoas morreram em Moçambique vítimas de 48 acidentes de viação, avançou o ministro do Interior, admitindo preocupação face à elevada sinistralidade rodoviária e pedindo maior responsabilidade dos agentes de trânsito na fiscalização.
Pelo menos 575 pessoas morreram em acidentes de viação entre janeiro e agosto em Moçambique, um aumento de 14% comparado ao mesmo período de 2024, avançou na semana passada o Governo, admitindo “desafios críticos” na segurança rodoviária.
O Governo moçambicano anunciou em setembro o estabelecimento de pontos de descanso obrigatórios para condutores a cada 300 quilómetros e o revezamento de motoristas de longo curso como parte das medidas para travar os acidentes de viação.
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