Desde 2019, já foram contabilizados mais de 11 mil acidentes provocados por animais, numa média de 2.000 por ano, tendo provocado duas mortes e 15 feridos graves.
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Segundo os dados da GNR, citados pelo Jornal de Notícias (JN), só no primeiro semestre deste ano registaram-se quase 1.500 sinistros desta natureza que resultaram em 115 feridos.
Ao longo dos últimos quatro anos, o número de acidentes provocados por animais tem vindo a aumentar, tanto por animais de companhia como por selvagens. No total, registaram-se 11.678 acidentes desde o início de 2019 até 30 de junho deste ano, sendo a maioria em estradas nacionais e municipais.
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“O número cresce de ano para ano: em 2019 registaram-se 1.762 sinistros e tanto em 2020 como em 2021 contabilizaram-se mais de dois mil (2551 e 2790, respetivamente). O ano passado bateu recordes, com 3157 acidentes”, refere.
Os dados a que o JN teve acesso revelam que até 30 de junho deste ano houve 1.418 ocorrências, quase metade do total de 2022. Desde 2019, somam-se 419 feridos (15 graves e 404 ligeiros). O último ano foi o que registou um maior número de vítimas, três feridos graves e 113 ligeiros.
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“Com os centros de recolha oficiais e as associações de animais sobrelotados, há uma maior probabilidade de o animal não ser recolhido” e, consequentemente, haver uma “reprodução indesejada e uma proliferação de animais”, afirma Laurentina Pedroso. Para a provedora do animal, é preciso “ter uma estratégia e um grande investimento na esterilização”.
Cerca de 37% dos acidentes foram provocados por animais selvagens, sendo os javalis os principais causadores. O pico de acidentes rodoviários provocados por javalis acontece no outono. De acordo com Rita Torres, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, da Universidade de Aveiro, poderá estar relacionado com perturbações durante a época da caça ao animal, que é mais sentida entre outubro e fevereiro.
Além disso, o período de reprodução, de novembro a janeiro, poderá também explicar a elevada incidência de acidentes nesta altura do ano, uma vez que os machos adultos aumentam os seus movimentos na procura de fêmeas.
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