Desporto

Académica “ó Anna ó Anna” vai dar mais uma voltinha para fintar a crise (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 01-07-2022

O presidente da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC /OAF) revelou, na Assembleia Geral, esta quinta-feira, que foi contactado pela Athlon, através de Anna Guerreiro, que, recorde-se, foi a investidora apresentada pelo ex-presidente, Pedro Roxo, para a constituição da Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Contudo, a CEO da empresa americana quer uma reunião via Zoom com Miguel Ribeiro que prefere um encontro olhos nos olhos. O que também gostava era de pôr a vista em cima do contrato que terá sido assinado para a eventual constituição da SAD.

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“Poucos dias depois das eleições, fui contactado pessoalmente através de um email que me foi enviado pela dona Anna Guerreiro a dizer pretendia uma reunião por Zoom. Eu respondi e agradeci-lhe o contacto e as felicitações que ela me tinha transmitido, porém acho que um assunto de tamanha dimensão, de tanta importância para a nossa instituição, não poderia ser discutido via Zoom”, afirmou o presidente da Briosa. Por isso, adiantou, convidou a potencial investidora para a sua tomada de posse, mas esta não esteve presente por “infelicidades da sua vida”.

Miguel Ribeiro reforça o interesse em conversar com a Athlon, mas lamenta não ter tido acesso aos contratos originais. Queixando-se de “falta de informação”, o responsável admitiu que recebeu na sua caixa de correio “supostamente o contrato, mas está assinado somente na última folha” e que este também não aparece nas atas. “Não sabemos até que ponto é que a Académica estará obrigada ou não porque não temos acesso a esses documentos e a dona Anna Guerreiro até agora não tem respondido ao convite para vir a Portugal reunir conosco”, sublinhou.

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O presidente da Académica continua a defender a SAD mas quer “uma SAD diferente”. Miguel Ribeiro revelou que tem contactado empresários da região nesse sentido e está focado numa solução com “o capital fragmentado” e em que os sócios sejam parte integrante, sempre com a maioria para o clube. “É uma SAD que tem que ser evolutiva. Nós temos neste momento uma realidade Liga 3. Não é fácil captar investidores mas estamos a trabalhar para que eles cheguem”, reafirmou, admitindo que a Académica vive um “momento muito difícil”.

 “A nossa SAD não é para entrarem três ou quatro milhões para pagar dívidas”, avisou o presidente. “As dívidas têm que ser negociadas temos que arranjar mecanismos que possam diluir a dívida ao mais longo prazo possível para que possamos pagar dentro do nosso enquadramento de  tesouraria”, frisou, defendendo que “o dinheiro que entrar tem de ser investido na equipa de futebol”.

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Ainda relativamente à SAD, uma das questões mais levantadas na Assembleia Geral relaciona-se com a “unanimidade” necessária para a tomada de decisões, prevista no acordo com a Athlon, algo que o presidente refuta.” Isto é a mesma coisa que eu e um uma das pessoas que está aqui na assembleia abrirmos um café ou um restaurante e eu tenho um por cento e a outra pessoa tem 99%, no entanto todas as decisões têm que ser tomadas por unanimidade”, recordou o sócio  Pedro Sá Frias, dizendo que teve acesso aos documentos onde essa informação estava prevista. Considerando a cláusula “absolutamente inaceitável”. “Parece que a Académica vai mandar mas não vai mandar”, acrescentou ainda. 

Apesar de todos os recuos e avanços, Miguel Ribeiro garantiu que o modelo societário terá de ser definido deixando já no ar a ideia de que o prazo estabelecido para o dar a conhecer aos sócios (15 de julho) poderá derrapar. 

 Veja tudo o que aconteceu na primeira Assembleia Geral dos novos órgãos sociais: 

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