Três dezenas de moradores do Bairro de Celas em Coimbra pediram ao presidente da câmara, José Manuel Silva, a reposição do bom nome do bairro. Num abaixo-assinado entregue ao autarca, os habitantes não reconhecem a Daniela Sousa “qualquer autoridade” para fazer “o levantamento dos problemas” existentes nesta zona da cidade.
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O documento foi citado na intervenção inicial de José Manuel Silva e disponibilizado posteriormente à comunicação social. De acordo com os moradores, as críticas que têm chegado à comunicação social deixam os habitantes “receosos da forma como a sociedade passará a olhar para o bairro”.
“Na atualidade, em que ter uma casa é quase um luxo e milhares de portugueses as perdem, nós, moradores do Bairro de Celas somos gratos e estamos satisfeitos com as nossas habitações. Por outro lado, muitos problemas precisam ser resolvidos como o estão a fazer”, dizem os moradores.
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Em comentário a este abaixo-assinado, José Manuel Silva mostrou estranheza pela “enorme concentração de problemas numa única casa, um verdadeiro caso anómalo…”. “Mais inabitual é, como refere o abaixo-assinado dos moradores, que quando o empreiteiro pretende entrar na habitação para resolver os problemas, a porta não lhe seja aberta”, frisou.
O mais recente caso teve lugar no passado dia 3 de outubro. Nessa data, “os trabalhadores da empresa deslocaram-se à referida habitação nas seguintes horas: 8:30; 10:50; 14:00; 15:15. De todas estas vezes não foi facultado acesso à habitação. No dia 4 de outubro, a empresa continuou a executar obras no Bairro, tendo ido várias vezes à referida habitação, à qual nunca lhes foi facultado acesso para concretizar as obras de reparação”, afirmou na sua intervenção.
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O caso, de acordo com o presidente da câmara, ganhou outros contornos quando, no final de 3 de outubro, a proprietária dessa habitação entregou na PSP “a placa de fogão, devidamente identificada, que era para ser aplicada na sua habitação e que o empreiteiro deixou encostada ao respetivo muro…”.
José Manuel Silva lamenta que só nesta habitação se concentre e acumule “sucessivamente uma infindável lista de problemas, cuja resolução se está a revelar particularmente obstaculizada”.
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