Actuais dirigentes estudantis irão propor, em Assembleia Magna a realizar no dia 8 de Abril às 21:00 no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra (UC), a condecoração da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) de 1969, presa pela PIDE durante o período da ditadura na sequência do pedido da palavra de Alberto Martins em nome de todos os estudantes da Academia de Coimbra.
Encontra-se agendada para a próxima segunda-feira (9 de Abril), às 21h00 no Auditório da Reitoria da UC, um momento de consagração dos estudantes presos durante a ditadura, atribuindo o estatuto de sócio honorário da AAC – a mais elevada distinção da estrutura estudantil – aos elementos da Direção-Geral da AAC que estiveram envolvidos na crise académica de 1969.
Segundo os Estatutos da AAC, cabe à Assembleia Magna atribuir o reputado estatuto de sócio honorário.
Para Daniel Azenha, Presidente da AAC, “condecorar os estudantes que há 50 anos pediram a palavra e resistiram à opressão política e social de um governo ditatorial, para além de ser um momento fundamental das comemorações da crise académica, é também uma obrigação histórica da Academia de Coimbra. Sem aquele grupo de dirigentes seria impossível a AAC ser a referência nacional que é hoje”.
Neste mês celebram-se os 50 anos do 17 de abril de 1969, data em que Alberto Martins, então Presidente da Associação Académica de Coimbra, pediu a palavra em nome de todos os estudantes de Coimbra para intervir na inauguração oficial do novo edifício do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, enfrentando assim as mais importantes figuras políticas do Estado Novo.
A atribuição do estatuto de sócio honorário integra-se na preparação das comemorações que estão a ser organizadas em conjunto pela Associação Académica de Coimbra, Universidade de Coimbra e Câmara Municipal de Coimbra para assinalar meio século de um dos momentos mais marcantes da história da Academia de Coimbra.
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